A lenda do futebol argentino Diego Maradona afirmou, nesta segunda-feira, que a proposta do presidente da Fifa, Gianni Infantino, de aumentar o número de equipes participantes na Copa do Mundo é uma “ideia fantástica”.

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– Isso vai dar mais possibilidades para países que nunca alcançaram o nível para esta competição – declarou o ex-craque depois de um jogo disputado na sede da Fifa, às vésperas de um voto crucial para a ampliação do torneio a partir do Mundial de 2026.

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A Fifa vai se pronunciar na terça-feira sobre a proposta de Infantino, que apoia um formato com 48 times, divididos em 16 grupos de três. O formato atual tem 32 seleções, com oito chaves de quatro seleções.

Segundo Infantino, o formato aumentaria o interesse no campeonato, oferecendo a possibilidade para mais países se classificarem e aumentando o dinheiro para a produção do evento.

A agência de notícias AFP teve acesso exclusivo a um informe confidencial da Fifa, que afirma que o aumento no número de equipes significaria um acréscimo de US$ 640 milhões nas contas. Craque da seleção campeã do mundo em 1986, no México, Maradona ainda respondeu às suposições de que um torneio com 48 times diminuiria o nível dos jogos:

– Pelo contrário, a qualidade não cairá. Seria um torneiro com mais futebol.

Outras vozes

Para o ex-jogador da seleção francesa David Trezeguet, campeão do mundo em 1998, o Mundial com 48 times “é uma linda ideia”.

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– Existem muitas soluções para encontrar. Mas é verdade que isso pode dar mais possibilidades para alguns países e sobretudo para os jogadores que nunca puderam jogar essa competição tão bonita – afirmou o ex-atacante.

Mas existem muitas dúvidas sobre o novo formato. O alemão Karl-Heinz Rummenigge, presidente da forte Associação de Clubes Europeus (ECA), acredita que o calendário dos jogadores já está muito carregado. Outros questionam as previsões financeiras da Fifa, já que dois grandes patrocinadores que saíram não foram substituídos.

Muitos ex-jogadores, como o francês Marcel Dasailly, o argentino Gabriel Batistuta e o suíço Stéphane Chapuisat, reforçaram o coro contrário a mudança, nesta segunda-feira em Zurique. Infantino também prometeu que eles teriam mais pesos nas decisões tomadas.

*AFP