A decisão da Copa do Mundo deste ano entre França e Croácia será inédita. Pela primeira vez na história dos mundiais, os croatas chegam a decisão. Nem quando integravam a extinta Iugoslávia, junto com sérvios, bósnios, montenegrinos e outros, conseguiram tamanha proeza. Será ainda a nona vez que só teremos europeus na disputa decisiva.
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Finais de Copa entre europeus
1934 – Itália x Tchecoslováquia
1938 – Itália x Hungria
1954 – Alemanha Ocidental x Hungria
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1966 – Inglaterra x Alemanha Ocidental
1974 – Alemanha Ocidental x Holanda
1982 – Itália x Alemanha Ocidental
2006 – Itália x França
2010 – Espanha x Holanda
2018 – França x Croácia
Somente duas vezes, tivemos finais entre países sul-americanos
1930 – Uruguai x Argentina
1950 – Brasil x Uruguai
Em outros dez confrontos finais, tivemos um europeu contra um sul-americano
1958 – Suécia x Brasil
1962 – Brasil x Tchecoslováquia
1970 – Brasil x Itália
1978 – Argentina x Holanda
1986 – Argentina x Alemanha Ocidental
1990 – Argentina x Alemanha Ocidental
1994 – Brasil x Itália
1998 – França x Brasil
2002 – Brasil x Alemanha
2014 – Argentina x Alemanha
Uma das missões desta Croácia é não se tornar uma Hungria, uma Suécia ou uma Tchecoslováquia. Seleções de menor expressão no futebol europeu que conseguiram chegar em quatro finais entre os anos de 1934 a 1962. Foram quatro decisões em seis mundiais. Hoje, a Tchecoslováquia nem existe mais. Desde o início da década de 90, foram criadas a República Tcheca e a Eslováquia, que já jogaram Copas enquanto países independentes. A Hungria não chega a um Mundial desde 1986. E a Suécia, apesar de ser presença mais frequente, pouco consegue ir longe. Foi vice em 1958 e terceira colocada em 1994.
Tchecoslováquia – duas vezes vice-campeã do mundo – 1934 e 1962
A Tchecoslováquia é a primeira seleção de menor importância a chegar uma decisão de Copa. Foi na Itália em 1934. O título só foi perdido na prorrogação para os donos da casa. Ali, destacaram-se Puc, Svoboda e Zenisek.
Cinco Copas depois, de novo a Tchecoslováquia chegava a final. E perdia outra vez, agora para o Brasil. No Mundial do Chile, apareceram Masopust, Jelinek e Novak. Este mesmo time ainda seria medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964.E uma nova geração surgiria mais forte conquistando a Eurocopa de 1976 e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980.
Desmembrada, a República Tcheca jogou duas Copas: 90 e 2006, a última, na Alemanha. Já a Eslováquia tem apenas uma Copa no currículo, na África do sul, em 2010.
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Hungria – duas vezes vice-campeã do mundo – 1938 e 1954
Logo depois dos tchecoslovacos, surgem os húngaros. O time chega ao vice-campeonato de 1938, perdendo a final para a Itália. Destaque para Titkos, Sarosi e Sas. A equipe de 54 era ainda melhor. Tinha Puskas, Czibor, Kocsis, Bozsik e Grosics. Ficou conhecido como “Time de Ouro”, por ter vencido a Olimpíada de 1952 em Helsinque (Finlândia). Mas perdeu de novo a decisão da Copa, desta vez para a Alemanha Ocidental. Disputou mais três Copas em sequência, caindo sempre nas Quartas de Final (1958, 1962 e 1966). Ficou 12 anos longe e voltou para mais três mundiais seguidos (1978, 1982 e 1986). Já em decadência, caiu na primeira fase em todos, disputando sua última Copa, no México.