O presidente do UFC Dana White revelou, na terça-feira (18), no podcast “Flagrant” alguns comportamentos agressivos do lutador Francis Ngannou. Segundo Danna, a imagem pública do ex-campeão peso-pesado da organização não condiz com o que se vê dele nos bastidores.

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Confira imagens do lutador

Comportamentos agressivos de Francis Ngannou

Entre as histórias inéditas, o empresário contou que Ngannou já o agarrou pela camisa em certo momento, no Instituto de Performance do UFC, casa da organização em Las Vegas. Segundo Dana, o atleta reclamou por não ter recebido um bônus após uma de suas vitórias.

Sem especificar após qual luta o caso aconteceu, é possível deduzir que foi após vencer Cain Velasquez, em fevereiro de 2019. A ocasião foi uma das duas únicas vitórias pelas quais Ngannou não recebeu bônus após a derrota para Miocic, a outra foi sua última luta no UFC.

Dana explicou que os atletas contratados pelo UFC têm acesso total ao Instituto de Performance, com “tudo de graça”, em suas palavras. Segundo o presidente, Ngannou estava rodeando seu escritório logo após uma luta e estava bravo porque não recebeu 50 mil dólares na última luta.

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— Eu disse: ‘Francis, você não ganhou por isso, por aquilo’, e ele entrou no meu escritório e começou a discutir comigo. A conversa acabou, eu estava saindo quando ele me agarrou pela camisa e me empurrou de volta para o meu escritório. Eu conseguia ver na cara dele, nos olhos e no jeito que ele estava agindo, quem esse cara realmente era — contou.

O dirigente ainda contou outro episódio semelhante, desta vez entre Ngannou e Hunter Campbell, diretor comercial do UFC e responsável por muitas negociações contratuais com os atletas. Segundo Dana, eles estavam conversando e o lutador puxou Hunter pela camisa.

— Quando Hunter começou a se afastar, Francis o agarrou pela gola da camisa, puxou-o de volta e disse: ‘Ainda não terminamos de conversar’. Esse cara não é uma boa pessoa. Ele é um cara mau — disse.

Problemas anteriores entre Dana e Ngannou

Antes de Ngannou agarrar Dana pela camisa, em 2018, o lutador cobrou um tratamento especial por parte do UFC. O ocorrido se deu às vésperas da primeira oportunidade do camaronês de lutar pelo título, sobre o campeão Stipe Miocic.

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Segundo Dana, o atleta tinha certeza de que ganharia de Stipe e, após uma coletiva de imprensa, o agarrou exigindo um jato particular até Paris. Ngannou perdeu para o adversário na época e a conversa não continuou depois. “Eu devia ter cortado ele naquele dia”, refletiu o dirigente.

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Em outra derrota, para Miocic, Dana quis liberá-lo do contrato, mas foi convencido por dois matchmakers a deixá-lo. A relação se encerrou após o camaronês derrotar Ciryl Gane em sua defesa de título, em janeiro de 2022, durante as negociações de renovação de contrato.

Na época, Ngannou possuia algumas exigências, entre elas ele pressionava para ter a oportunidade de lutar boxe ao mesmo tempo em que estava no UFC. Sem acordo, o lutador ficou livre no mercado e assinou com a PFL.

— Francis Ngannou é um cara mau. Ele não é um cara bom. Agora ele está fora (do UFC), fechou um acordo com a PFL e a Arábia Saudita e está pedindo para lutar. Tenho certeza de que eles se arrependem de tê-lo contratado. Não preciso ouvir uma palavra sequer daqueles caras de lá para saber, porque eu sei. Já lidei com ele e sei quem ele realmente é — finalizou.

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*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Marcos Jordão