O manezinho Allan Elias foi um dos destaques na virada épica do Palmeiras na Libertadores, na noite de quinta-feira (30). O atacante, que surgiu na base do Figueirense, enfrentou um incêndio na casa onde morava em Florianópolis e a morte da irmã, antes de assinar o primeiro contrato profissional com o Verdão. As informações são do ge.

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Conheça Allan Elias, destaque do Palmeiras na Libertadores

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Natural de Floripa, Allan começou no futsal aos sete de idade, jogando no 12 de Agosto. Foi nessa época que a família passou por um incêndio na casa onde moravam na Comunidade da Vila Aparecida, no bairro Coqueiros, e perdeu boa parte dos bens materiais.

À medida que se reergueram, Allan recebeu convite do Figueirense e aos 14 anos passou a treinar no clube. Quando foi chamado para a Seleção Sub-15, de campo, chamou a atenção do Palmeiras durante uma competição em Minas Gerais, e transferiu-se em 2019 para a base do Verdão.

A família deixou tudo para trás a pedido do filho, que sentia a perda de um amigo, morto no incêndio do alojamento da base do Flamengo naquele ano. Atravessaram 700 quilômetros de Florianópolis a São Paulo carregando no carro somente as roupas, um microondas e a televisão.

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Durante a pandemia, a família passou pela tragédia da morte de Letícia, irmã de Allan, vítima da Covid-19 aos 20 anos. As comemorações em “L” que Allan faz com as mãos após os gols é uma forma de homenagear a irmã em campo.

O ano de 2025 foi a virada de chave para a carreira de Allan. Vestindo a camisa 10 no sub-20, foi chamado ao time principal do Palmeiras, sendo decisivo na classificação às quartas de final do Paulistão. Na Copa do Mundo de Clubes, ganhou mais espaço na equipe e teve o contrato renovado por mais quatro anos, até o fim de 2029.

Allan tem um dos menores salários do Palmeiras

Após a vitória por 4 a 0 sobre a LDU, jogo em que Allan deu uma assistência e sofreu o pênalti do último gol, o técnico Abel Ferreira revelou que o atacante tem um dos menores salários do elenco do Palmeiras. O português disse que pediu ao diretor Anderson Barros a valorização do atleta de 21 anos com um aumento de salário.

— Falei com ele há dois ou três dias quais os vencimentos dele, um dos que menos ganha na equipe principal e falei que ele deveria ser reconhecido por isso, muito antes desse jogo. Nosso diretor, a primeira coisa que disse foi ‘sim, Abel, vamos tratar disso’. É uma coisa que ele merece pelo homem que ele é — disse Abel.

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