Depois de três dias de dedicação dos 357 candidatos que participaram da seletiva na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, 76 conquistaram uma vaga na filial brasileira da instituição russa. Os aspirantes a bailarinos passaram por avaliações médicas, fisioterápicas e artísticas. Agora a próxima etapa é a matrícula de 3 a 30 de novembro, das 7h às 16h.

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Foi a terceira audição deste ano na escola. As outras duas, durante o Festival de Dança em Joinville e em Paulínia, já aprovaram 41. Desta vez, mais 40 vagas são oferecidas para a primeira série, divididas entre 20 meninas e 20 meninos. As demais séries são preenchidas conforme a idade, nível técnico e disponibilidade nas turmas já existentes. Durante as avaliações, os enormes espelhos que estruturam as salas refletem o nervosismo dos candidatos.

O lado masculino também ganha destaque. Nesta edição, 54 meninos buscam uma vaga dentro do mundo do balé em Joinville. Um deles é Renato Cardoso de Matos, de 11 anos. Ele já pratica jazz na escola, mas quer mais: “quero ser uma dançarino profissional”. O pequeno paulistano veio para Joinville com sete anos, mas não podia estar em lugar melhor para correr atrás do seu sonho. Em maio, ele participou de um pequeno teste do Bolshoi e se encantou. Agora, ele quer fazer parte da escola que abriu seus olhos para a dança.

Cada participante passa por uma seleção criteriosa. Cada parte do corpo é analisada: é preciso ter postura, esteriótipo e vontade de bailarino, além da leveza na dança. Toda a exigência, justifica o diretor artístico do Bolshoi, César Lima, é para preparar os alunos ao estilo da escola.

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– Precisamos garantir que o jovem vai ser capaz de aguentar o nível alto tanto do Bolshoi quanto da profissão. Ser bailarino profissional exige muito tanto tecnica e artisticamente como emocionalmente – explica. E completa: “o Bolshoi forma guerreiros. Quem entra aqui sai com um caráter sólido e tenacidade para enfrentar a vida”.