Em auditoria realizada no Corinthians, foram detectadas irregularidades na gestão dos materiais esportivos fornecidos pela Nike, patrocinadora do Timão, com a retirada de itens excedendo em quase 300% a cota anual prevista em contrato.

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Os jogadores do Corinthians com contrato se encerrando em 31 de dezembro

Segundo informações do ge, enquanto isso, times das categorias de base e de outros esportes estariam utilizando uniformes em condições precárias ou nem sequer os recebendo.

Foram identificadas sete ocorrências classificadas como graves. São elas:

  1. Acúmulo de materiais esportivos de coleções anteriores, armazenados por longos períodos sem destinação definida;
  2. Parte dos uniformes enviados pela Nike indevidamente distribuída aos departamentos e modalidades esportivas do clube;
  3. Ausência de inventário físico formal no almoxarifado do Parque São Jorge há mais de quatro anos;
  4. Notas fiscais de recebimento não lançadas no sistema, levando a inconsistências contábeis e exposição a riscos fiscais;
  5. Distribuição desigual de uniformes entre diretores, funcionários e atletas, aliada à falta de planejamento nos pedidos à Nike;
  6. Retirada de materiais antes da conclusão do fluxo completo de aprovações, contrariando o controle interno previsto e enfraquecendo o processo de governança;
  7. Retirada de materiais por solicitantes incorretos, fragilizando o controle de responsabilidade e dificultando a rastreabilidade de consumo por área ou modalidade.

De acordo com o relatório da investigação, o vice-presidente Armando Mendonça, responsável pela administração dos materiais no clube, estaria no centro de algumas ações consideradas indevidas.

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Ainda segundo o documento, o dirigente “demonstrou tom de preocupação em relação ao andamento dos trabalhos de auditoria” e utilizou “expressões de natureza agressiva e alusões interpretadas como ameaças” em conversas com Marcelo Munhoes, diretor de Tecnologia do Corinthians e responsável por comandar a auditoria.

Ao ge, Armando Mendonça respondeu que não é responsável pelas diretrizes de distribuição dos materiais da Nike e solicita constantemente melhorias no controle de retirada dos itens. O vice-presidente afirmou também que usa produtos para ações de relacionamento, não fez ameaças e que o relatório é tendencioso.

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*Matheus Welter é estagiário sob a supervisão de Marcos Jordão