Um estádio europeu de 111 anos está sendo reformado de uma maneira inusitada. A empresa que comanda a reconstrução da arena queria uma opção sustentável, mas que mantivesse a personalidade do estádio, não fosse muito cara e se destacasse como algo diferente.

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Veja fotos de estádio centenário que está sendo reformado com peças de aviões desativados

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Foi numa visita a uma empresa localizada perto da fronteira entre Espanha e França que o responsável pela reforma encontrou uma série de jatos particulares desativados, prontos para serem desmontados e enviados para outros usos.

Assim, surgiu a ideia de utilizá-los na criação da nova fachada da arquibancada sul do Stade de la Meinau, do Strasbourg, da França. A reforma da arena faz parte do plano de desenvolvimento do clube, que está disputando a Conference League nesta temporada.

Usando uma serra com lâminas diamantadas para proporcionar alta capacidade de corte, os aviões foram desmontados e seções de suas fuselagens foram transportadas para Estrasburgo para serem reaproveitadas.

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— Queríamos saber como proteger a arquibancada do sol. Então, tivemos a ideia de usar partes da fuselagem, cortadas como quebra-sóis para proteger todo o estádio. Essa foi a ideia principal — explicou François Clement, um dos responsáveis pela reforma.

Ao funcionarem como proteção solar, os painéis reduzem o consumo de energia que seria necessário para refrigerar o estádio em dias quentes. Eles também permitem que a luz natural se espalhe pelo espaço ao redor do estádio.

Um total de 30 aeronaves desativadas estão sendo utilizadas, o que representa uma economia de 46% nas emissões de carbono em comparação com uma opção convencional (que tem aproximadamente 129 toneladas de emissões de dióxido de carbono).

A Populous, empresa à frente das obras, decidiu não reconstruir o estádio por completo, mas sim substituir a arquibancada principal sul e realizar uma leve reforma no restante do campo. O projeto tem custo estimado de 160 milhões de libras (R$ 1,18 bilhão).

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*Matheus Welter é estagiário sob a supervisão de Marcos Jordão