Quase nove anos depois, a família do ex-técnico Caio Júnior, vítima da tragédia da Chapecoense em 2016, venceu ação na Justiça e receberá indenização do clube. O processo segue em segredo de justiça, agora, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após recurso da família.

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Acidente da Chapecoense completa nove anos em 2025

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A indenização aos familiares de Caio Júnior será por danos morais e materiais. Os valores e a base de cálculo ainda não foram definidos. Não cabe recurso do clube quanto à decisão.

— Quem receberá a indenização será Adriana Saroli [viúva de Caio] e os dois filhos. Cada um deles receberá uma indenização por danos morais e danos materiais, além de uma pensão mensal, para a viúva e o filho mais novo. Porém, esse cálculo e os pagamentos serão iniciados após o julgamento no TST, que não deve ocorrer neste ano, apenas em 2026 — explicou Ruy Barbosa ao ge, advogado da família de Caio Júnior.

Segundo ele, após o ministro do TST Sérgio Pinto Martins analisar o caso e decidir a base de cálculo, o caso retornará para SC e a família terá o direito de receber os valores do clube, que será intimado a pagar. Um dos cálculos que deve ser levado em conta neste caso é o da expectativa de vida do treinador, tendo como base a média feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O ex-técnico tinha 51 anos na época do acidente, portanto, a expectativa de vida dele era de pelo menos mais 20 anos, a contar de 2016, segundo levantamento do IBGE de 2022. Direitos de imagem não entrarão na indenização e valores de pensão.

Adriana Saroli e Gabriel Saroli, que tinha 20 anos na época da tragédia — atualmente com 29 anos — terão direito a ressarcimentos, multas e valores referentes ao Fundo de Garantia. A ação movida pela família teve como base a negligência da Chapecoense na contratação do voo fretado pela empresa boliviana LaMia.

A ação entrará na Recuperação Judicial (RJ) da Chape, conforme informação repassada pelo presidente Alex Passos, em entrevista para a reportagem do ge. Segundo o clube, todos os casos jurídicos envolvendo a instituição entram na RJ, que teve processo concluído neste ano.

O acidente aéreo, que matou Caio e outras 70 pessoas, completa nove anos no dia 29 de novembro.

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