Os procuradores que estão conduzindo a investigação interna sobre corrupção na Fifa divulgaram, nesta sexta-feira, informações contidas em contratos que mostram um esquema que beneficiaria três ex-dirigentes do alto escalão da entidade: Joseph Blatter, Jérôme Valcke e o diretor financeiro Markus Kattner.
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A evidência revela um esforço coordenado para enriquecimento próprio através de aumentos salariais, bônus da Copa do Mundo e outros incentivos totalizando mais de 79 milhões de francos suíços (R$ 286 milhões) nos últimos cinco anos. Alguns aditivos nos contratos previam pagamento até dezembro de 2019.
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Segundo a Fifa, as evidências demandam investigação mais profunda. A entidade compartilhou a informação com a Procuradoria-Geral da Suíça, que estenderá os detalhes aos Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O tema também será levado ao Comitê de Ética da Fifa.
Foram identificadas várias emendas aos contratos de trabalho de Blatter, Valcke e Kattner, que foi o último a ser demitido, já na gestão Gianni Infantino. Em geral, os contratos eram assinados por Blatter, Valcke e pelo já falecido vice-presidente da Fifa, o argentino Julio Grondona.
Apenas em relação aos bônus oriundos da Copa do Mundo, Blatter, Valcke e Kattner foram premiados com um valor de 26 milhões de francos suíços referentes à edição de 2014, no Brasil. Destes, 10 milhões de francos suíços foram para Valcke, 12 milhões para Blatter e 4 milhões para Kattner.
*LANCEPRESS