O Figueirense terá de realizar um jogo com portões fechados, sem torcida, no Estádio Orlando Scarpelli, em função da invasão de torcedores ao gramado e brigas no clássico contra o Avaí, disputado em 2 de fevereiro. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) na noite desta quinta-feira (20). A multa de R$ 10 mil foi mantida. A pena será cumprida no jogo contra a Chapecoense, no dia 1º de março.
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O procurador do TJD, Rodrigo Bayer, defendeu o aumento da pena de um jogo de perda de mando de campo e multa de R$ 10 mil, aplicada na primeira instância. Alegou que o clube permitiu que um torcedor entrasse no gramado por um portão aberto. O Alvinegro foi denunciado no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil com a perda de até 10 mandos de campo.
O advogado Nikolas Bottós ponderou que o Figueirense teve R$ 40 mil de prejuízo e identificou os autores da invasão, o que deveria, pelo CBJD, isentar o clube de punição.
– O que mais o clube poderia fazer? Colocar o presidente Chiquinho de Assis para cuidar do portão? – questionou.
Os auditores Renan Miresco Pirath e Fabio Oliveira Santos e o presidente do TJD, Rodrigo Titericz, votaram por um jogo de punição com portões fechados. Vinícius Bion e Aldo Abraão Massih se posicionaram pela realização de duas partidas sem torcedores no Scarpelli, enquanto Maurício dos Santos votou pela perda do mando de campo em duas partidas.
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Ao final do julgamento, o advogado disse que o Figueirense não irá recorrer. Bottós entende que a pena tem caráter pedagógico para torcedores e admitiu que houve uma falha da empresa de segurança contratada pelo clube.
Bruno Silva, do Avaí, tem pena reduzida
Na mesma sessão, a pena do volante avaiano Bruno Silva por chutar um torcedor que invadiu o gramado foi reduzida de oito para seis jogos de suspensão.
A suspensão ainda pode ser reduzida para quatro partidas e pagamento de cestas básicas, se a procuradoria do TJD aceitar proposta de acordo feita pelo Avaí.