Patrick Pirv de Godoy possui o vôlei no seu DNA, com pai e mãe atletas na modalidade, mas escolheu seguir o caminho dos gramados. Filho do campeão Olímpico Giba e da ponteira romena Cristina Pirv, o jogador assinou, no mês passado, um contrato para a categoria de base do Athletico.

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Veja imagens do filho de Giba

Aos 17 anos, Patrick tem 1,91 metro de altura, um centímetro a menos que o pai, e atua na posição de zagueiro. Conhecido como PK, o atleta revelou que tem como referência na posição o holandês Virgil van Dijk, do Liverpool.

— A minha característica física é parecida com a dele [Virgil van Dijk]. Eu sou alto, tenho 1,91m, sou bem físico. A liderança dele é uma coisa que eu tento seguir. É capitão da seleção e do time, tem uma liderança muito boa. Vendo o Vin Dijk aprendi a me adaptar e a posicionar o corpo. Sei quando ficar mais perto e quando ficar mais longe — disse em entrevista ao ge.

Conheça a história de PK, filho de Giba

PK começou sua trajetória no futsal do Paraná Clube e passou por dois times da Romênia, quando se mudou para o país-natal da mãe, em 2018. Além disso, atuou no Modena, da Itália, antes de voltar a morar em Bandeirantes, no Paraná. No Athletico, ainda não estreou devido os trâmites burocráticos, mas sonha em atuar na Arena da Baixada.

— Meu sonho é estrear no profissional antes dos 18 anos. O Athletico está me ajudando bastante a me preparar para isso. Eles têm uma estrutura que não existe igual no Brasil. Sempre tem alguém para me auxiliar na parte física, na psicológica, há treinadores para absolutamente tudo — declarou o jovem, que ainda cursa o último ano na escola.

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O zagueiro afirma ter consciência de que seria um grande jogador de vôlei, mas sua paixão é o futebol. Para ele, o desejo pelo esporte auxilia na disciplina e dedicação.

Apoio dos pais

A decisão não magoou os pais, que apoiam o filho em trilhar seu próprio caminho. Para sua mãe, Cristina Pirv, cada um tem sua individualidade e Patrick deve seguir o que ama.

— Tem que jogar como o pai? Tem que jogar como a mãe? Não, tem que ser ele mesmo. Dou graças a Deus que escolheu o futebol. É bom para as pessoas o verem como Patrick e não como filho do Giba e da Pirv. Ele tem a personalidade, a mentalidade dele — disse Pirv, sua mãe, que se separou de Giba em 2012.

Apesar de ter escolhido seguir uma modalidade diferente, ser filho de dois craques do vôlei coloca uma pressão grande ao jovem.

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— Sinto que há uma pressão de fora por ser filho de dois grandes ex-jogadores, mas aprendi a conviver com isso. Crescer com eles me fez saber o que fazer e quando fazer na hora certa — afirmou.

Giba esteve presente na apresentação de Patrick na base do Athletico no início do mês passado. Campeão olímpico e considerado um dos maiores nomes da história do vôlei, o ex-atleta aconselhou o filho a jamais se desconectar de suas raízes e viu com naturalidade a escolha pelos gramados.

— Eu aceitei super numa boa essa decisão dele de seguir no futebol. O futuro depende só dele. O maior conselho que eu dou é para ele ser humilde. Ele escolheu um esporte coletivo, então tem que jogar sempre para o time e não pensar somente em si — declarou o tricampeão mundial com a Seleção Brasileira.

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*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Marcos Jordão