Na semana passada, o goleiro Matheus, do Joinville, entrou com uma ação na 2ª Vara do Trabalho de Joinville reivindicando uma série de direitos que não estão sendo cumpridos pelo clube. Em conversa com a reportagem de “A Notícia”, o advogado do atleta, Dyego Tavares, explicou que há pendências de salários registrados em carteira (três meses), direitos de imagem (quatro meses) e depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) (27 meses). Diante de todas estas dívidas, o advogado do goleiro esclareceu que Matheus quer a rescisão de contrato com o JEC.
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– Não queremos lesar o clube. Pedimos apenas que seja cumprido o que diz a lei. Tentamos acordos anteriores e não fomos bem-sucedidos. Por este motivo, ele decidiu acionar a Justiça – disse Dyego Tavares.
Matheus não esteve na lista dos jogadores relacionados para a partida de domingo, contra o Blumenau. Antes disso, o atleta não apareceu no CT do Morro do Meio – e ainda não voltou a treinar desde então.
Questionado se poderia haver um acordo para que ele voltasse a atuar pelo JEC, o advogado de Matheus admitiu a hipótese.
– Não há mágoa, queremos apenas que as coisas possam ser cumpridas. Hoje, o melhor caminho é a rescisão, pois não haverá prejuízo ao clube. É diferente de atletas de Série A, por exemplo, que os clubes perdem muito por não venderem os direitos econômicos – apontou Dyego Tavares, comparando o caso com o do meia Gustavo Scarpa, agora no Palmeiras.
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Procurado pela reportagem, o gerente de futebol do JEC, Agnello Gonçalves, explicou que há dois caminhos a serem tomados. Como o Joinville ainda não havia recebido a notificação judicial, o clube preparava um documento pedindo esclarecimentos ao goleiro pela sua ausência nos últimos dias.
A partir disso, quer saber se o jogador não está treinando porque quer a rescisão ou apenas os pagamentos das dívidas. Se for notificado antes de receber a resposta, o Joinville irá procurar um acordo que fique bom para os dois lados.