O brasileiro Hugo Calderano conquistou, no último domingo (25), medalha de prata no Mundial de tênis de mesa e marcou um feito inédito entre os homens. Pela primeira vez, um mesatenista de fora da Ásia ou da Europa se colocou em uma final em quase 100 anos de história da competição.
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— Entendo a magnitude de mais esse feito. Vivo no tênis de mesa há muitos anos, então sei o quão difícil é a concorrência. Não vou parar por aqui. Agora, preciso de um descanso, mas vou em busca de muito mais — disse Calderano.
O Brasil é apenas o 15º país a ter um representante na decisão de simples masculina de um Mundial em 58 edições.
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Conquistas no Mundial
Disputado desde 1926, o Mundial de tênis é a segunda principal competição da modalidade, atrás apenas das Olimpíadas. Entre 1929 e 1957 era praticado anualmente, logo depois começou a ser realizado a cada dois anos.
A Hungria foi a primeira potência entre os homens, faturando oito das primeiras nove edições. Os japoneses foram os primeiros asiáticos a quebrarem o domínio europeu em 1952. Apenas em 1959 a China chegou pela primeira vez à final e foi campeã com Rong Goutuan.
Das últimas 16 edições, os chineses venceram 14 e têm uma hegemonia de 22 anos. O austríaco Werner Schlager foi o único campeão mundial deste século que não era chinês, faturando o título de 2003.
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Hugo Calderano percorreu uma trejetória de três ciclos olímpicos para crescer no ranking e chegar as finais. O brasileiro é o número 3 do mundo, e essa conquista permitiu que ele enfrentasse os chineses a partir das semifinais.
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Na semifinal, Hugo superou o chinês que havia impedido que ele subisse ao pódio Mundial em 2021 Doha Liang Jingkun, até este ano era o melhor resultado de um sul-americano. Além de Liang, o brasileiro bateu os outros dois principais chineses, Lin Shidong (líder do ranking) e Wang Chuqin (agora campeão mundial), há pouco mais de um mês para conquistar o título inédito da Copa do Mundo.
Entre as mulheres
A americana Ruth Aarons foi bicampeã mundial em 1936 e 1937, e a única a quebrar a hegemonia euroasiática. Desde então, só mesatenistas da Ásia ou da Europa chegaram à decisão. A China domina as finais femininas com ouro e prata nos últimos 32 anos.
*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Diogo Maçaneiro





