Marcelle Arruda vem ganhando elogios bem-humorados de torcedores nas redes sociais e é apontada como “herdeira” da bicampeã olímpica Fabi Alvim. A própria ex-líbero da Seleção Brasileira falou sobre a atuação da títular do Brasil.

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Veja também: Brasil no Mundial de Vôlei Feminino 2025

Líbero do Brasil é considerada “herdeira” de bicampeã olímpica

Fabi Alvim é considerada uma das maiores líberos de todos os tempos e conquistou dois ouros olímpicos com o Brasil. Atualmente, a ex-líbero da Seleção Brasileira é comentarista esportiva.

— A Marcelle tem boas atuações, defendendo e recebendo muito bem, mas o que impressiona é a segurança apresentada. Não é simples pegar uma camisa pesada como a do Brasil. Ela agarrou uma oportunidade com a ausência da Nyeme e da Natinha. Deve ser um momento muito especial, e imagino que ela esteja vivendo um sonho com as outras meninas — disse a comentarista Fabi Alvim, ao ge.

Muitos torcedores usam a comentarista como referência na hora de tecer elogios. Nas redes sociais, já foi criado o nome “Marcelle Alvim”, que coloca a atual titular da seleção como “herdeira” de Fabi.

— As pessoas são muito perspicazes, têm uma criatividade que vai longe. Eu acho divertido. Teve um seguidor que me marcou, dizendo que joguei as Olimpíadas de 2008 grávida e não contei para ninguém que sou mãe da Marcelle. Dou boas risadas, brinco também e, ao mesmo tempo, fico feliz por ver as pessoas lembrando de mim com carinho. A posição de líbero foi criada em 1998, não faz ponto, mas tem um lugar no coração dos torcedores — celebrou Fabi.

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Atuação da líbero do Brasil

Inicialmente, a atleta havia recebido apenas a oportunidade de treinar com a equipe na preparação para a Liga das Nações (VNL) 2025. Porém, acabou oficialmente convocada pela primeira vez e ganhou um lugar de destaque no planejamento do técnico José Roberto Guimarães.

Desde a terceira semana da VNL, Marcelle não saiu do time e, agora, atua no Mundial de Vôlei Feminino 2025. A Seleção Brasileira compete a semifinal da competição, neste sábado (6), sobre as italianas, atual campeã olímpica.

— Estou muito feliz por viver tudo isso na seleção. É um sonho. As meninas me acolhem. O Zé também me passa confiança, o que deixa tudo mais leve. Esse Mundial veio para fazermos história. Espero conseguir o ouro junto com a equipe. Sabemos que jogar contra a Itália é difícil, mas estamos indo com cabeça diferente em relação à VNL. É um outro momento. Estamos leves, tranquilas e unidas. Faremos de tudo para levar a vitória — disse Marcelle, no último treino antes do confronto da semifinal.

Apesar do pouco tempo de seleção adulta, a carioca de 23 anos já conhece o peso de encarar a Itália. Na final da Liga das Nações, as brasileiras acabaram superadas pelas europeias, que conquistaram o bicampeonato do torneio.

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Sobre Marcele Arruda

Antes do vôlei, Marcelle jogava futebol e já estava na fase de peneiras para times do Rio de Janeiro. Porém, em um dos testes o técnico faltou e, incentivada pela mãe, a menina decidiu se arriscar em uma outra atividade, onde se fixou como líbero.

A jogadora, criada no Morro da Formiga, no Rio de Janeiro, chegou a atuar como ponteira, até em seleções de base do Brasil. Devido a sua altura, de 1,63m, mudou para a posição atual.

Marcelle passou pelo Sesc-Flamengo, sob o comando de Bernardinho. No clube, foi reserva de Lais, que hoje também integra a equipe brasileira no Mundial. Chegou ao Fluminense em 2024 e pelo clube fez uma boa campanha na última Superliga, alcançando as quartas de final.

A convocação da atleta para representar o Brasil aconteceu devido as ausências de Nyeme e Natinha, líberos chamadas com frequência por Zé Roberto, que ficaram de fora por motivos pessoais.

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Como funciona o Mundial de Vôlei Feminino 2025

O Campeonato Mundial é uma das principais competições de vôlei organizada pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB). A 20ª edição acontece na Tailândia, até 7 de setembro, e a capital do país, Bangkok, recebe a fase final.

Na Fase preliminar, as 32 equipes foram distribuídas em oito grupos de quatro equipes e jogaram entre si em turno único. As duas primeiras equipes em cada grupo se classificaram para a fase final

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Foram realizadas oito jogos nas oitavas de final, quatro nas quartas de final, e agora faltam duas partidas nas semifinais, a disputa pelo terceiro lugar e por fim pelo título do campeonato. Ao todo, são 64 jogos.

Até hoje, o Brasil nunca conquistou um título do Mundial feminino, e a seleção vive um jejum geral de conquistas em grandes torneios internacionais. Não sobe ao lugar mais alto do pódio desde o Grand Prix de 2017.

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*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Marcos Jordão