Já estava na metade do segundo tempo do amistoso beneficente “Amigos da Abravic”, na Arena Condá, quando a torcida da Chapecoense começou a gritar o nome do zagueiro Neto na arquibancada. Foi então que o técnico Fábio Carille chamou o jogador. Ele entrou logo após o minuto 71, quando a torcida cantou o “Vamos, Vamos, Chape”, como fez em todos os jogos para homenagear as vítimas do acidente. Acidente este, em que Neto foi um dos seis sobreviventes.

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Ele entrou no lugar do atacante Willian Bigode e logo deu seu primeiro toque na bola. Deu tempo até para perder um gol. Mas ele sentiu a falta de ritmo de não jogar há mais de um ano.

— O campo parecia cinco vezes maior, mas fico feliz de poder jogar, é uma sensação bacana pode estar em campo, ainda mais em prol de um ano melhor para muitas pessoas — destacou Neto.

Ele espera agora voltar a jogar uma partida oficial em 2018.

Seu companheiro Jakson Follmann, que chegou a ser “convocado” por Tite, aposta que Neto vai voltar a brilhar com a camisa do Verdão.

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— Ficou feliz de poder estar na reestreia do Neto e a gente já pode ver que ele tem totais condições de voltar a jogar, essa será uma noite que ficará marcada na nossa memória — disse Follmann.

O embaixador da Chapecoense, que até fez um gol no amistoso, disse que se formou uma irmandade entre ele, Neto e Alan Ruschel, que foram os três jogadores que sobreviveram ao acidente de novembro do ano passado, na Colômbia.

Muito ex-jogadores do clube também participaram do amistoso, entre eles o zagueiro Rafael Lima, capitão dos acessos para as Series B e A, que agora foi campeão da B pelo América-MG.

— Foi a primeira vez que voltei aqui desde que saí, é um sentimento diferente, até pela causa, pude rever velhos conhecidos, fazer o bem e espero um dia voltar para encerrar a carreira aqui e atuar quem sabe como gestor de futebol ou como técnico — finalizou.

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