Mesmo que tentem explicar, desenhem ou mostrem em vídeos ou fotos, descrever a sensação de um salto de paraquedas pede mais que um amontoado de letras, até para jornalistas, habituados em transformar ação em texto – no sentido literal da palavra.

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E assim, as blogueiras do Na Ponta da Língua, Celina Keppeler, Cris Cordioli e Janaína Laurindo, encararam dois desafios: um salto duplo e outro, um pouco mais familiar, mas não menos difícil, de contar como foi a experiência, que pode ser vista no penúltimo vídeo da série Se Joga no Verão.

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Mas não pensem que a emoção toma conta apenas dos inexperientes. Com mais de 3 mil saltos, o instrutor de paraquedismo e sócio da SkyZimba Paraquedismo, local escolhido para a aventura, Jonas Pinheiro, 36 anos, explica que é sorriso garantido por, no mínimo, duas semanas. Pinheiro e Eduardo Ceratti de Almeida, 31, abriram mão da rotina do trabalho burocrático para se dedicarem exclusivamente ao paraquedismo. Jonas é formado e pós-graduado em tecnologia da informação e Eduardo, economista. Junto com Damian Casa, 25 anos, que sempre sonhou em ser piloto de avião, uniram o útil ao agradável e resolveram montar a escola de paraquedismo na barra do Ibiraquera, em Imbituba.

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Veja como foi a aventura das blogueiras

E foi Jonas Pinheiro que saltou com as meninas depois de convencê-las de que passado o medo, sobra muita aventura e uma sensação única, sempre lembrando que para a prática do esporte radical algumas peculiaridades precisam ser observadas. Apresentar um índice de massa corpórea (IMC) menor que 27, não ter problemas cardíacos e, no mínimo, 16 anos, é o básico exigido.

– Não arriscamos. Conhecendo o equipamento e as limitações, temos que levar as regras com rigidez. Mas para os que não se enquadram, pode ser um motivo a mais para estar em dia com o peso e com a saúde. A segurança está em primeiro lugar e nossa preocupação vira argumento para encorajarmos os que ainda têm dúvidas sobre saltar ou não – incentiva Pinheiro.

Cris Cordioli, que foi barrada no “baile” por estar, digamos assim, de mal com a balança, entendeu que não é brincadeira de criança.

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– Se você pensa que tudo o que precisa ter é muita coragem na hora de saltar de paraquedas, lá venho eu com uma notícia, que, bem, pode tirar muita gente do páreo. Tem estar com o peso em dia. E nessas, eu dancei, ou melhor, não saltei. E confesso para todo mundo que lamentei profundamente o fato. Quando desenvolverem equipamentos que aguentem mais peso, volto lá. Tá bem, quem sabe eu faça uma dieta. Mais coerente, né? – brinca Cris.

Mas além do preparo físico, a coragem deve estar presente, sim, em doses cavalares, afinal, é uma queda livre a mais de três quilômetros do chão, numa velocidade que pode chegar a 200 quilômetros por hora. E esse item tão importante quase faltou à Celina Keppeler, que pediu para desistir quando já era tarde demais, a 10 mil pés, presa ao instrutor e com a porta do avião aberta.

– Nenhum pavor foi maior que olhar aquelas casinhas, praias, estradas tão pequenininhas e saber que eu iria me jogar no nada. O primeiro pensamento é: para que eu estou fazendo isso mesmo? Qual a necessidade? Mas a dúvida dura cerca de cinco segundos. Tempo que mantive os olhos fechados e chamei todos os santos que conhecia. Depois, resolvi abri-los e a primeira coisa que vi foi o rosto do Dudu Ceratti, que fazia as vezes de cinegrafista. Ele sorria tão tranquilo que pensei, ok, deve está tudo bem, então – conta Celina.

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Bom, e a recompensa vem, realmente, em forma de sorriso na cara e de vontade de saltar novamente. Pelo menos foi assim com Jana Laurindo, a mais animada com a experiência.

– Estar lá em cima é como estar mais perto de Deus, é sentir como somos pequenos nesse mundão, é uma momento de meditação. Embora estivesse com o instrutor colado em mim, me senti só, me senti pequena no meio do mundo e imensa na coragem. Enfim, recomendo. Todos deveriam experimentar a incrível sensação – indescritível – pelo menos uma vez na vida – incentiva Jana Laurindo, ainda sorrindo.

O pouso das blogueiras foi no campo da escola, mas para quem quer um pouco mais de emoção, existe a opção de descer na praia. Para os mais dedicados, dá para fazer o curso solo, com oito horas de aula teórica, e mais uma série de saltos preparatórios para o voo sozinho, ou somente aluguel de equipamentos. No final das contas, o importante é voar!

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Serviço:

A Skyzimba fica na Barra da Ibiraquera, em Imbituba, pouco mais de uma hora de carro de Florianópolis. O local tem uma área privilegiada. Além dos saltos, há restaurante, quadra de vôlei, futebol, sala de jogos e muito ar livre para curtir a natureza.

Site: http://www.skyzimba.com.br

Telefone: (48) 9151.1551

Email: contato@skyzimba.com.br