O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu uma petição, por meio da deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), pelo afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Além disso, a parlamentar também solicita a revisão do acordo homologado pelo tribunal em fevereiro deste ano que encerrava a ação questionando o processo eleitoral da entidade.
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A deputada recorreu ao artigo 168 do Código Civil, que prevê que o juiz do caso tem autorização para anular “negócio jurídico ou seus efeitos” referente ao acordo homologado em fevereiro. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, ainda vai analisar a petição e os documentos dos autos.
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Jornal crava novo técnico da seleção brasileira
Entenda o motivo do pedido de afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF
O Estadão teve acesso a uma perícia que aponta o forjamento da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, ex-vice-presidente da CBF, no acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. A inspeção foi realizada pela perita Jacqueline Tirotti, a pedido do vereador do Rio Marcos Dias (Podemos).
O documento da perícia indica elementos que diferenciam a escrita da assinatura oficial do coronel Nunes da assinatura que consta no acordo da CBF. “A convicção que se pode depreender de todas as características observadas e considerando todas as limitações intrínsecas ao presente exame é de não identificação do punho periciado de Antônio Carlos Nunes de Lima”, diz o texto.
Em nota, a CBF informou que “ainda não teve acesso formal ao referido laudo pericial, supostamente assinado por perito particular, que está sendo utilizado de forma midiática e precipitada, em verdadeira espetacularização que atende a interesses nada republicanos e aparentemente questionado por terceiros absolutamente estranhos ao processo.”
Sobre a revisão do acordo, a CBF afirma que o processo foi legítimo e teve acordo homologado, e que é “absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a pedido de uma parlamentar”.
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Nunes e família foram procurados pela reportagem do Estadão, mas preferiram não se manifestar.
*Lia Capella é estagiária sob a supervisão de Diogo Maçaneiro




