Uma dieta de campeão é algo que todos buscamos de certa forma! Afinal de contas, não estamos treinando como campões para nada, certo? Mas a curiosidade que fica é o que será que está no prato dos vencedores de Wimbledon. O que será que eles fazem, diferente de nós ou do que imaginamos, para chegar nesse patamar de performance?

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No último domingo (13) tivemos duas grandes finais mundiais acontecendo e uma delas foi de um dos maiores Grand Slams que temos no calendário anual de Tennis, Wimbledon. 

Abraçado pela realeza do Reino Unido, pudemos acompanhar um jogo de alto nível com duração de cinco horas e meia do melhor Tennis de nível técnico possível. A pergunta que fica, é justamente como esses atletas se preparam para performarem por tanto tempo, sem se quer perderem qualquer qualidade nos seus níveis de jogo! 

O cenário do jogo de ontem foi composto por dois personagens principais: Jannik Sinner, atual número um do mundo e Carlos Alcaraz, segundo mais pontuado. E o que podemos notar com as informações compartilhadas por cada equipe, é que cada um apostou em uma linha diferente de conduta nutricional. 

O que será que está no prato dos vencedores de Wimbledon?

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Sinner em geral aposta em uma dieta balanceada com maior foco em proteínas magras como frango, peixe e ovos. Carboidratos complexos como massas integrais e batata-doce, gorduras saudáveis e rotina complementada por frutas e legumes como espinafre, brócolis e couve.  

No café da manhã costuma consumir iogurte grego com frutas e cereais ou pão com ovos. Entre as refeições principais, opta por snacks como oleaginosas e barras de proteína. Recentemente, vem aumentando o consumo de proteínas vegetais e reduzindo as de fonte animal. Muito atletas notam melhor rendimento com a troca, principalmente pelo fato de a digestão ser mais leve. 

Sinner não segue uma suplementação agressiva com grande carga ou muita quantidade, até porque com uma alimentação adequada, parte do que precisa de energia, vitaminas e minerais vem dos próprios alimentos que consome. É um jogador que possui um estilo de jogo intenso e consistente que reflete a base sólida de sua alimentação!

Alcaraz, em contrapartida, acabou optando por outras estratégias nutricionais. No seu ciclo de preparo acabou adotando uma dieta gluten-free, após algumas análises de sangue, percebendo que a presença de algumas substâncias e alimentos não seriam o ideal para seu cenário performático. 

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Antes das partidas, prefere se alimentar de proteínas como peixe e evita consumo de alimentos ultraprocessados. Ainda que em outros momentos não tenha uma dieta rígida a ponto de não deixar de consumir alimentos como pizza e hambúrguer, sendo essa uma realidade mais comum fora dos ciclos de grandes torneios. 

Faz uso de suplementos como creatina, eletrólitos e whey protein. Em jogos longos, costuma a recorrer ao suco de picles como estratégia de reposição de eletrólitos ajudando na melhora da percepção de fadiga e evitando possíveis câimbras. 

Seu cenário ideal é composto por hidratação eficiente, alimentação prévia bem organizada junto a suplementação estratégica, ainda mais em meio as longas horas de jogo. Quando comparados, fica nítido que a “comida de verdade” sem muita pompa é o que funciona no fim do dia. 

Sinner, possui uma alimentação mais leve e funcional, bastante focada em alimentos com digestão mais branda, mas muito rica em nutrientes. Já Alcaraz, combina estratégias como uma dieta isolada de glúten junto à táticas específicas de suplementação para dar maior suporte na sua performance em quadra, com bastante foco na janela de treino e jogos. 

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Esses são os elementos fundamentais para performance e resiliência que atletas de Grand Slam precisam se atentar.  No entanto, não estamos muito longe deles… E se optarmos por incluir um ponto ou outro na nossa própria rotina, até onde perdíamos chegar?!  Certamente, muito além! 

  *Duda Costa é nutricionista e escreve sobre performance esportiva