Quem não acompanha o futebol da Suécia e ligou a TV para assistir à partida da seleção azul e amarela contra a Alemanha, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa 2018, neste sábado, pode ter se surpreendido com a ausência do mais famoso – e talentoso – jogador sueco em campo. Aos 36 anos e jogando no Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, Zlatan Ibrahimovic não foi convocado pelo técnico Jan Andersson para a competição mundial.
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A dúvida sobre a ida ou não da principal estrela do futebol sueco para a Copa durou até os últimos instantes antes da convocação, em maio. Depois da Eurocopa de 2016, enquanto se transferia do Paris Saint-Germain para o Manchester United, Ibra anunciou que estava se aposentando da seleção nacional. Naquele ano, ainda havia esperança de que o atacante fosse um dos três acima dos 23 anos entre os convocados para as Olimpíadas do Rio, mas Zlatan afastou a possibilidade:
– Estou muito orgulhoso de ser o capitão da Suécia e do que fiz na seleção. Quero agradecer aos fãs, sem eles nada disso teria sido possível. O último jogo da Suécia na Euro será meu último internacional.
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Com duas Copas do Mundo no currículo, em 2002 e 2006, Ibra não teve a oportunidade de participar das competições em 2010 e 2014, já que a Suécia não se classificou. Com a aproximação da Copa de 2018, a imprensa sueca voltou a pressionar o jogador quanto à sua possível participação – o que rendeu respostas menos taxativas:
– Sinto falta da seleção. Se eu quiser, volto. Penso que posso render bem. Veremos, é uma questão complicada. Quero sentir que posso render. Não quero ir apenas para ser mais um. A porta não está fechada para nada – afirmou, já em março deste ano.
A indecisão sobre o futuro na seleção coincidiu com incertezas sobre a carreira: vítima de uma grave lesão em meados de 2017, o atacante viu o clube anunciar que não renovaria seu contrato no final da temporada. A decisão foi revertida, Ibra renovou contrato para 2018, mas acabou se transferindo para o LA Galaxy no início do ano.
Com a questão no ar, a Federação Sueca de Futebol se viu obrigada a lançar nota afirmando que Ibrahimovic “disse não a jogar pela seleção nacional e não mudou de opinião”, em abril. Andersson, técnico do time, falou que só pensaria no assunto se Ibra o chamasse para conversar – o que não aconteceu. Karl-Johann Johnsson, goleiro da equipe, chamou o atacante de “individualista”:
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– Não tenho ideia se ele vai ser convocado ou não, Vai depender do treinador. Nós conseguimos nos classificar para a Copa do Mundo sem ele. Se ele for chamado, certamente jogará bem. A nossa equipe joga de forma coletiva, todos os jogadores juntos. Zlatan, como pessoa e como jogador, é individualista. As jogadas para os gols são construídas em torno dele. Ao contrário de hoje, em que jogamos todos juntos. É um tipo diferente de jogo.
Sem o craque, a Suécia conta com estrelas mais jovens, como Emil Forsberg, de 26 anos, para tentar se classificar para o mata-mata.
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