O Haiti é uma das três seleções da Concacaf (América do Norte, Central e Caribe) classificadas diretamente para a Copa do Mundo, ao lado de Curaçao e Panamá – além das três sedes: Estados Unidos, México e Canadá. Porém, a seleção haitiana precisou superar um adversário a mais para chegar lá.
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A vitória por 2 a 0 sobre a Nicarágua na noite de terça-feira (18), garantiu o retorno dos haitianos a um mundial após 51 anos. A última vez foi em 1974, na Alemanha. A questão é que a seleção nacional não disputou seus jogos no país durante as Eliminatórias.
Habitualmente, a equipe manda seus confrontos na capital Porto Príncipe, mas o estádio Sylvio Cator está tomado por gangues que passaram a dominar o dia a dia da população numa guerra civil em que o país está passando. Pelo menos 90% da região metropolitana da cidade está sob o domínio de criminosos armados.
Eles tomaram o estádio nacional em fevereiro de 2024 e o utilizam como base, impedindo a realização de qualquer evento esportivo no local. Com isso, o Haiti mandou seus jogos na Eliminatórias da Copa do Mundo no estádio Ergilio Hato, em Curaçao, outra nação classificada para o Mundial, a 800km de distância de casa.
A curiosidade é que Curaçao também mandou seus jogos no mesmo local e igualmente se classificou para a Copa do Mundo.
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Para se ter uma ideia das dificuldades enfrentadas pela seleção do Haiti, o treinador do time, o francês Sébastien Migné nunca colocou os pés no país. Ele começou seu trabalho a partir de informações repassadas por membros da federação nacional.
