Trump enfrenta teste após decreto anti-imigração
Trump vem sendo pressionado por um número crescente de parlamentares do próprio Partido Republicano, pedindo mudanças urgentes na ordem executiva. No exterior, administradores de aeroportos e operadores de linhas aéreas — responsáveis pelo gerenciamento de vários voos com destino aos Estados Unidos — estão reclamando das contradições e da falta de clareza da medida aprovada pelo presidente.
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Menos de 24 horas depois de o governo ter informado que os portadores do Green Card — documento que dá direito a emprego legal nos Estados Unidos — também estavam sujeitos ao rigor da ordem executiva, assessores de Donald Trump desmentiram a informação. Em entrevista, o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, disse que a medida “não afeta” os detentores do Green Card.
Aeroportos

No domingo, em vários aeroportos norte-americanos, passageiros voltaram a ser detidos em salas de imigração, provocando caos nas áreas onde ficam os funcionários e pânico entre familiares que aguardavam o desembarque. Advogados de instituições de direitos humanos compareceram aos aeroportos para tentar libertar as pessoas detidas. No aeroporto John F. kennedy, em Nova York, a ação de advogados foi dificultada pela falta de informações sobre o número de pessoas detidas.
— Simplesmente não sabemos quantas pessoas existem e onde estão — disse Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da União Americana de Liberdades Civis.
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Numa tentativa de acalmar as críticas que vem recebendo por ter assinado a ordem executiva, o presidente Donald Trump divulgou, no domingo, uma declaração em que diz que a proibição não diz respeito à religião.
“Para ser claro, esta não é uma proibição aos muçulmanos, como a mídia está falsamente informando”, disse Trump. “Isto não é sobre religião, isto é sobre terror e (sobre) manter nosso país seguro.”

Republicanos
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Também no domingo, republicanos criticaram o plano de Trump sobre refugiados e imigrantes. Um dos críticos foi o senador pelo Estado de Tennessee, Lamar Alexander. Ele disse que, embora não seja uma medida de caráter explicitamente religioso, a ordem executiva de Trump “é inconsistente com o caráter americano”.
Os congressistas republicanos também se queixaram de que não foram consultados pelo presidente antes de a medida ser aprovada.