A seleção brasileira foi derrotada na final da Liga das Nações de Vôlei (VNL) Feminina na tarde deste domingo por 3 sets a 1 para a Itália. A partida foi disputada em Lodz, na Polônia, e uma jogadora saiu do banco de reservas para desequilibrar a partida no momento de certa instabilidade das atuais campeãs olímpicas: Ekaterina Antropova.
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É fato que a seleção italiana é um time espetacular. Com o título em cima do Brasil, a equipe comandada pelo argentino Julio Velasco completou uma sequência de 29 partidas de invencibilidade. A última derrota foi justamente para o Brasil na primeira semana da VNL 2024. De lá pra cá, a Itália ganhou duas edições da Liga das Nações, a mais recente neste domingo, além dos Jogos Olímpicos de Paris.
O estrelado elenco da “azzura” tem duas atletas muito acima da média, as opostas Egonu e Antropova. A primeira é titular absoluta da posição, mas dá lugar à colega em momentos-chave de cada confronto. Foi exatamente o que aconteceu na final contra as brasileiras.
Egonu vivia um momento excelente, com 11 pontos de ataque e um de bloqueio, quando começou a ser marcada e ter sua eficiência minada pelas adversárias. Foi aí que o técnico Velasco colocou Antropova e seus 2,02m de altura em quadra para dar muita agressividade no ataque e tranquilidade às campeãs olímpicas até a vitória. Em pouco mais de dois sets, ela marcou 18 pontos: 13 de ataque, quatro de bloqueio e um de saque. Foi a dona do jogo.
Mas quem é Ekaterina Antropova?
Seu nome sugere uma naturalidade russa, mas não é bem assim. Antropova nasceu em 19 de março de 2003 em Akureyri, Islândia, portanto, ela tem apenas 22 anos. Ela é filha de pais russos e atletas. Isso ajuda a explicar as voltas dadas por ela na Europa até a nacionalidade italiana.
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Seu pai, Mikhail Antropov, era jogador de basquete, enquanto a mãe, Olga Antropova, de handebol. Ele atuava pelo Tindastóll, na Islândia, quando a filha nasceu. Aos três meses de idade, ela se mudou com a família para São Petersburgo, na Rússia, pois seu pai acabara de assinar um contrato com um clube local. Lá, a pequena Ekaterina começou a jogar vôlei ao sete anos e assim seguiu até a adolescência.
Aos 14, em 2017, foi a vez de nova mudança. Desta vez por conta da mãe, que passou a atuar por equipes italianas. Nessa época, Antropova passou a atuar como atleta federada por lá. Em 2016, foi convocada para um “camping” pela seleção sub-16 da Rússia, mas não compareceu.
Mesmo assim, seu nome foi registrado na Federação Europeia pelo país e, mais tarde, ela precisou recorrer ao Tribunal Internacional do Esporte para converter sua filiação à Itália, decisão conquistada apenas em 2023, seguida pela cidadania no “país da bota”.
No mesmo ano ela conquistou a sua primeira convocação para o Campeonato Europeu e, no ano seguinte para a Liga das Nações e Jogos Olímpicos de Paris, ambas as competições com título e medalha de ouro, assim como na VNL 2025. Seu clube atual é o Salvino del Benne, da Itália.
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