Rebeca Andrade anunciou, na terça-feira (12), no Rio de Janeiro, que não competirá mais em provas de ginástica solo. A maior medalhista olímpica do Brasil explicou, durante sua participação na Rio Innovation Week, a motivação por trás da aposentadoria.
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Relembre os pódios de Rebeca Andrade
Aposentadoria de Rebeca no solo
Segundo a atleta, a modalidade é a que tem maior impacto no físico e que, para garantir uma carreira maior, precisa poupar o corpo. Rebeca tem apenas 26 anos e já passou por cinco cirurgias no joelho. Durante sua carreira soma seis medalhas olímpicas (dois ouros, três pratas e um bronze) e a última foi o ouro de Paris em 2024.
— Eu não vou mais fazer solo. O solo é o aparelho que mais causa impacto. Quando a gente entende nossos limites, é muito importante respeitá-los. Eu sei que vocês amam quando eu faço solo, mas ainda posso mostrar muito nos outros aparelhos — explicou Rebeca.
Apenas no joelho direito, a atleta passou por três cirugias, a primeira cirurgia da atleta foi ainda quando era adolescente, em 2015, após romper o ligamento cruzado anterior (LCA). A seguinte aconteceu em 2017, decorrente de uma lesão. E nas vésperas do Pan de Lima, em 2019, voltou a ter um problema no local e precisou fazer nova cirurgia.
Além disso, durante o evento, a atleta explicou que pretende competir o Mundial de Ginástica Artística deste ano, em outubro, na Indonésia. Porém, seu foco é na preparação para os mundiais de 2026 e 2027, principalmente o último que conta como vaga para as Olimpíadas de 2028, em Los Angeles.
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— Este ano estou cuidando mais da minha saúde física, mental e não estou treinando tão forte. Isso é crucial para os próximos anos, temos pelo menos mais uma Olimpíada pela frente — finalizou.
Conheça Rebeca Andrade, a maior medalhista olímpica do Brasil
Rebeca Rodrigues de Andrade, de 26 anos, nasceu em Guarulhos (SP), e se apaixonou pela ginástica desde cedo. Aos quatro anos, começou a treinar no projeto social Iniciação Esportiva, da Prefeitura de Guarulhos (SP).
Rebeca chegou a caminhar por duas horas para chegar ao local das aulas. Mônica Barroso dos Anjos, técnica da equipe de ginástica de Guarulhos e árbitra internacional, enxergou o potencial da menina e começou a treiná-la.
Logo, Rebeca já estava competindo em campeonatos estaduais, brasileiros e até internacionais. Quando já era conhecida como a “Daianinha de Guarulhos”, em 2012, ela entrou na equipe de ginástica do Flamengo.
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Rebeca foi campeã nacional, aos 13 anos, e mundial, aos 16, até que as lesões começaram a atrapalhar sua carreira. Ela teve que ficar um ano em recuperação, em 2019, depois de passar pela terceira cirurgia no joelho.
A tempo de competir em Tóquio, em 2021, ela voltou a treinar em março de 2020, no começo da pandemia de Covid-19. Em sua segunda olímpiada, ela fez história se tornando a primeira brasileira a subir ao pódio olímpico no individual geral da ginástica artística, com a prata, além de ter conquistado o ouro no salto.
Em Paris 2024, ela se tornou a maior medalhista olímpica da história do Brasil, ao adicionar mais quatro pódios para a coleção: o bronze na final por equipes, as pratas no salto e individual geral, além do lendário ouro no solo, contra a americana Simone Biles.
Além de todas as medalhas olímpicas, ela também foi bicampeã mundial no salto (2021, 2023) e campeã mundial individual geral de 2022, além de colecionar diversos pódios nas principais competições de ginástica artística do mundo.
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