O vaivém das máquinas e a colocação das pedras que vão formar a proteção da beira do Rio Itajaí-Açu, na margem esquerda de Blumenau, mudam, aos poucos, a paisagem do Centro. A obra, que teve início na Prainha, hoje está concentrada entre as pontes de Ferro e Adolfo Konder. Ali, resíduos estão sendo retirados da margem e as pedras que formarão a proteção estão sendo colocadas.
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Os trabalhos lembram muito os feitos na década de 1960, quando a margem direita foi construída. Naquela época, a obra era vista como uma forma de proteger a margem do rio e de garantir uma nova via para desafogar o trânsito da cidade, a Avenida Beira-Rio.
De acordo com o engenheiro da Secretaria de Obras Carlos César Leite, a engenharia das duas é a mesma, mas o resultado será diferente. Responsável pelo projeto e pela fiscalização dos trabalhos, Sergio Lubitz diz que, visualmente, o outro lado do rio será mais verde.
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A preocupação em preservar a margem direita do Itajaí-Açu surgiu depois da enchente de 1948, quando imóveis à beira do rio foram danificados. Mas a ideia só saiu do papel no início da década de 1960. Era para ser um muro de arrimo (contenção de enconsta). Depois, um projeto do engenheiro João Caropreso, falecido na década de 1990, passou a contemplar a criação da Avenida Beira-Rio.
Inicialmente, foi feito um trabalho para retirada de todos os resíduos que havia na encosta direita do rio. A área era usada para depósito de lixo. Depois da retirada dos entulhos e da dragagem, começou a aplicação das pedras para o enrocamento.
Conforme a historiadora Sueli Petry, elas eram trazidas da região da Rua 2 de Setembro, em pequenos barcos, através do rio, e colocadas manualmente na beira do rio. Depois, fez-se o aterro, o revestimento do talude, o plantio da grama e, por último, a pavimentação da Beira-Rio.
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