As ocorrências violentas dos últimos três dias no Litoral Centro-Norte de Santa Catarina fizeram com que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado decidisse por enviar mais reforços à região nesta quinta-feira. O próprio secretário César Grubba entrou em contato com o comando regional da Polícia Militar (PM) para oferecer mais efetivo.

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O temor do Estado é que os ataques iniciados na terça-feira possam se espalhar para o restante de Santa Catarina, como ocorreu em três grandes ondas de atentados desde 2012. À tarde haverá uma reunião em Balneário Camboriú para decidir os rumos dos trabalhos e o número de policiais que deve chegar. Na quarta-feira as polícias receberam apoio de 16 servidores de Florianópolis.

Durante a madruga desta quinta-feira ocorreram três ataques. Em Camboriú uma viatura que estava na oficina mecânica foi atingida a tiros. Já em Balneário Camboriú, no Bairro dos Municípios, a casa de um agente temporário da Penitenciária da Canhanduba, em Itajaí, foi alvo de disparos. Na mesma localidade uma caminhonete foi incendiada.

A inteligência policial apurou que a ordem para os ataques veio do Primeiro Grupo Catarinense (PGC). No entanto, na noite de terça-feira um dos suspeitos de ter enviado a mensagem para os atentados começarem foi morto pela PM em Itajaí. Depois disso, outro recado foi disseminado pelos integrantes da facção, que pediam para que os ataques fossem direcionados a policiais e agentes prisionais da Penitenciária da Canhanduba.

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A expectativa dos policiais era que durante a última noite não fossem registradas ocorrências. No entanto, a reportagem apurou que uma das linhas de trabalho da polícia é que os crimes da madrugada possam ter sido cometidos por outra facção criminosa a fim de que as investigações possam se direcionar para o PGC.

Além do monitoramento na penitenciária de Itajaí, os trabalhos da inteligência também estão atentos à Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, onde estão os principais líderes do PGC em Santa Catarina.

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