Os jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei estão prontos para revidar. A reação amistosa ou belicosa vai depender dos poloneses, os adversários deste fim de semana, na quinta e penúltima fase da etapa classificatória da Liga Mundial. O jogo desta sexta-feira começa às 14h (horário de Brasília), no Ginásio Spodek, em Katowice, na Polônia, o mesmo local em que o Brasil conquistou o título da Liga em 30 de junho de 2001. O Sportv passa o teipe às 20h. No sábado, as duas equipes voltam a se enfrentar.
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Depois de sofrer a única derrota em oito jogos justamente para os poloneses, há duas semanas em Goiânia, numa partida tensa e marcada por provocações dos dois lados, os brasileiros querem agora fazer o mesmo na casa do adversário, na busca pelas duas vitórias.
– É só eles não atacarem a bola na nossa direção durante o aquecimento como fizeram em Goiânia. Se isso não acontecer, não vai ter problema nenhum – antecipou o meio-de-rede Henrique, lembrando o fato que desencadeou os desentendimentos entre os times.
O ponta Giba não espera um confronto amigável:
– Se eles nos provocaram daquela maneira lá no Brasil, imagina jogando em casa. Podemos esperar coisa muito pior.
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Embora concorde com o companheiro, o capitão Nalbert pondera que a seleção está preparada para jogar no terreno decisivo, ou seja, ganhar na bola. Rivalidade à parte, o time brasileiro, líder do Grupo A, com 15 pontos, vem estudando os pontos fortes do adversário e traçando a melhor estratégia para neutralizá-los.
– O bloqueio deles é alto e marca muito bem. Precisamos acertar o nosso passe para jogar com velocidade – resumiu o técnico Bernardinho, acrescentando que a derrota para os poloneses no Brasil não foi nenhuma surpresa. – Quando eu ainda era jogador, cresci vendo o time campeão da Polônia jogar (foi ouro no Mundial de 1974 e na Olimpíada de Montreal, em 1976). Eles evoluíram bastante e estão ainda melhor este ano. Não é vergonha nenhuma perder para eles. Mas esperamos jogar bem esta semana.
A preocupação do técnico polonês Waldemar Wspanialy é acalmar os ânimos da sua equipe, que derrotou a Argentina na semana passada, por 3 a 1 e 3 a 0 e ocupa o segundo lugar da chave, com 12 pontos.
– Não podemos jogar na empolgação. Devemos evitar criar grandes expectativas. As vitórias contra a Argentina e, principalmente, contra o Brasil foram muito importantes, mas não querem dizer nada. Ainda mais agora que vamos enfrentar umas das equipes mais difíceis do mundo.
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