A surfista catarinense Alexia Monteiro foi uma das participantes da etapa do REMA WSL Saquarema, no Rio de Janeiro, ao longo desta semana. A prova tem um gosto ainda mais especial para a promessa do surfe catarinense que superou um quadro de embolia pulmonar e volta a disputar profissionalmente.

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Natural de Garopaba, tudo começou quando Alexia Monteiro viajou para o Hawaí, nos Estados Unidos, no início de fevereiro, e chegou se queixando de dores fortes nas costas. Inicialmente, a suspeita era apenas de dores musculares ou vertebral, mas o quadro foi agravando com febre e mais dores. A internação aconteceu no final do mês, no Hospital Universitário (HU), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, onde ficou sete dias internada.

— Eu fiquei 10 dias internada no hospital sem saber muito o que estava acontecendo porque eram vários diagnósticos que os médicos passavam sem muita certeza. Já nos últimos dias de internação que descobriram a embolia pulmonar, que foi bem pequena e quase imperceptível no raio-X — relembra a catarinense que é top 4 do ranking profissional da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf).

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Após alguns exames, ficou constatado o derrame pleural, ou seja, um acúmulo de líquido entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica. Ao longo do tratamento, concluiu-se que se tratava de um quadro de Trombo Embolia Pulmonar, que é uma obstrução de artérias do pulmão por um coágulo de sangue.

— No início foi difícil porque eu vinha de uma carga de treinos no Havaí bem puxada. Então, estava querendo muito voltar para o Brasil para competir, mas precisei ficar quase dois meses fora da água. O pior foi o momento que fiquei internada, pois não sabíamos o que era e quanto tempo teria que ficar fora do mar — relembra Alexia Monteiro.

Recuperação e participação na etapa da WSL

Após os dois meses longe das ondas, a surfista de 18 anos e detentora de diversos prêmios, como o ISA Games 2023 e Brasileiro sub-16, voltou aos treinamentos nas praias e, inclusive, em uma piscina de ondas artificiais em Garopaba, no Sul de Santa Catarina, e também recovery físico na Surf Center, rede de clubes de piscinas de ondas. A sua primeira prova desde a internação foi a etapa no Rio de Janeiro, que acontece desde o último sábado.

No primeiro round, Alexia Monteiro passou em 2º lugar com nota acumulada de 8,53. Já nas quartas de final, ela ficou atrás de Estela Lópes, do Chile, e Catalina Zariquiey, do Peru, e finalizou com 4,70. Agora, a promessa do surfe catarinense segue se preparando para o restante da temporada de 2025.

— A expectativa está boa, estou surfando bem e me recuperando be. Claro que o preparo físico diminuiu um pouco, mas nada muito relevante e estou mantendo os objetivos para 2025 — conclui Alexia Monteiro.