— É uma prova de longa duração, uma disputa estratégica, porque a gente vai competir no meio do parque dos Lençóis, uma grande área de dunas e lagoas. Ganha quem tiver a melhor estratégia, quem descobrir as partes com mais água, porque tem várias partes que são dunas. Então, você tem que saber passar também pela areia (com a prancha no pé ou na mão). É uma prova bem diferente da nossa realidade — explica Roberto.

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Paulista de 38 anos radicado em Florianópolis há 20, Roberto é dono de dois títulos brasileiros: um de Freestyle em 2002, na Bahia, e outro de Kitesurf Hydrofoil neste ano, em Porto Alegre. Na primeira edição do Rally dos Ventos, em 2014, ele terminou na quinta colocação.

— Este ano parece que será ainda mais técnico, com atletas bem seletos — frisa.

A paixão pelo esporte nasceu em 1999. Havia pouco material e conhecimento sobre a modalidade. Roberto lembra que não tinha escolas ou cursos de kitesurf no Brasil. Foi preciso persistência. Hoje ele colhe os frutos. Participa de competições, dá aulas do esporte e é distribuidor de algumas marcas. Acostumado às águas da Lagoa da Conceição, terá um desafio a mais nos Lençóis Maranhenses: tentar também “velejar” em dunas.

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— Velejar na água é fácil, mas temos várias partes que estarão secas. A estratégia de se locomover na areia sem correr é que faz a grande diferença. A habilidade com a pipa e fazer com que ela sempre esteja te ajudando a velejar, sendo na água ou na areia, será o grande diferencial — prevê.

Roberto comemora a possibilidade de retornar aos Lençóis Maranhenses. Ressalta que a primeira experiência foi incrível e um lugar que chamou de “surreal”. Nos últimos dias, intensificou os treinamentos na praia do Cumbuco, no Ceará, considerado por ele o melhor local para treinar por causa dos ventos.

— Agora estou melhor preparado — resume com confiança.

A competição

O Rally dos Ventos passará pelas dunas e águas cristalinas nos Lençóis Maranhenses, um dos cartões postais do Brasil. Um seleto grupo de 40 atletas participa da competição. Serão 30 homens e 10 mulheres de diferentes partes do Brasil e do mundo. Os atletas percorrerão 65km (quase 50km a mais do que na primeira edição). Para vencer a prova, os competidores terão de encarar longos trechos de areia, seja com a prancha no pé ou não. O campeão da primeira edição, em 2014, foi o cearense Alexandre Neto, 23 anos.

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