Estas são as principais datas da devastadora guerra na Síria, que deixou 320.000 mortos desde março de 2011.

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– 15 de março de 2011: Início de manifestações sem precedentes no país, governado com mão de ferro por 40 anos pelo regime Assad (Hafez al-Assad e posteriormente seu filho Bashar).

O regime denuncia uma “rebelião armada de grupos salafistas”. A oposição se radicaliza e cresce, com apelos à queda do regime.

– 30 de julho de 2011: Um coronel refugiado na Turquia anuncia a criação do Exército Sírio Livre (ESL), integrado por civis que se somaram à rebelião, treinados por desertores do exército.

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Outros grupos de tendência islamita se juntam à rebelião.

– 17 de julho de 2012: O ESL lança a batalha de Damasco. O governo conserva o controle da capital, mas zonas da periferia passam sob controle rebelde.

Três dias depois, os rebeldes lançam a batalha de Aleppo.

– 30 de abril de 2013: O Hezbollah xiita libanês reconhece que combate junto ao regime sírio. O Irã xiita se converte no principal aliado na região do regime de Assad, que pertence à minoria alauíta, um braço do xiismo.

– 21 de agosto de 2013: Ataque contra duas zonas controladas pelos rebeldes perto de Damasco. O regime é acusado de ter usado gás sarin (1.400 mortos, segundo Washington). Em setembro, um acordo russo-americano sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio evita in extremis a ameaça de bombardeios dos Estados Unidos e da França.

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– 14 de janeiro de 2014: Os extremistas do então Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) conquistam a cidade de Raqa (norte) depois de combates contra rebeldes rivais. No fim de junho, o EIIL passa a se chamar Estado Islâmico (EI) e autoproclama um califado nas amplas zonas conquistadas na Síria e no vizinho Iraque.

– 26 de janeiro de 2015: O EI é expulso de Kobane, fronteiriço com a Turquia, após mais de quatro meses de combates travados pelas forças curdas com o apoio de bombardeios da coalizão anti-jihadista liderada pelos Estados Unidos.

– 30 de setembro de 2015: a Rússia, aliada do regime, inicia uma campanha de bombardeios aéreos contra grupos terroristas, entre eles o EI. Mas os rebeldes e o Ocidente acusam Moscou de atacar sobretudo grupos rebeldes moderados contrários a Assad.

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Estes bombardeios ajudam o regime, na época prestes a cair, a recuperar terreno.

– 24 de agosto de 2016: a Turquia lança a operação “Escudo de Eufrates” na província de Aleppo contra dois grupos que considera terroristas: o EI e os combatentes das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), aliados de Washington na luta contra os extremistas.

– 5 de novembro de 2016: A força curdo-árabe apoiada pelos Estados Unidos lança uma grande ofensiva para recuperar Raqa, capital de fato do EI na Síria, paralelamente à ofensiva realizada contra Mossul, o reduto no Iraque do EI.

– 22 de dezembro de 2016: O regime reconquista Aleppo, sua maior vitória ante os rebeldes desde o início da guerra, graças ao apoio militar de seus aliados russo e iraniano.

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– 30 de dezembro de 2016. Cessar-fogo global entra em vigor em virtude de um acordo fechado sob a égide da Rússia e da Turquia, sem os Estados Unidos.

– 4 de abril de 2017: 86 civis morrem, entre eles 30 crianças, em um suposto ataque químico na cidade rebelde de Khan Sheikhun (província de Idleb, norte). A oposição e o Ocidente acusam o regime de ter utilizado “morteiros contendo gás químico”, o que Damasco e Moscou negam.

– 7 de abril de 2017: os Estados Unidos lançam 59 mísseis contra uma base aérea do centro da Síria. Seis pessoas morrem nos bombardeios, segundo o governo de Damasco.

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