A renúncia de Saulo Raitz, a assunção do tucano Valdair Matias à presidência do Metropolitano e a volta de Ericsson Luef à diretoria de futebol provam que o Verdão de Blumenau vive nos bastidores uma situação muito parecida com alguns anos atrás. Agora resta saber se essa reaproximação com nomes e grupo que tiveram ligação com o passado recente do clube terá como referência o ano de 2012 ou o de 2016.

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Explico: seis anos atrás, Erivaldo Caetano Júnior, o Vadinho, assumiu a presidência do Metropolitano. Empolgado, amigo do torcedor e explosivo, recolocou o time da mídia e fez instigar um sentimento que viria a se chamar “onda verde” na época.

Naquele Campeonato Catarinense o clube chegou a ter momentos singulares – venceu os três primeiros jogos do returno –, mas perdeu força após a venda do atacante Maurinho e conseguiu garantir a vaga na Série D do Brasileiro graças à atuação do lateral Capa, então no Marcílio Dias, contra o Atlético de Ibirama na última rodada. Na quarta divisão nacional, porém, o Metrô viria a ser eliminado de forma melancólica nas oitavas de final, em casa, contra o Mogi Mirim do então surpreendente técnico Guto Ferreira.

No ano seguinte, Vadinho viria a se afastar para assumir a presidência da Fesporte. Marcelo Georg, compadre do então presidente, assume e leva o clube ao momento mais próximo da glória: as quartas de final da Série D, em um Estádio Alfredo Jaconi abarrotado de gente, contra o Juventude. Mas ficou no quase.

Dali em diante a diretoria inevitavelmente foi se desanimando, já que embora houvesse dinheiro, o algo mais em campo não se confirmava – mesmo que em 2014, com uma campanha irretocável na primeira fase, o Verdão tenha ido ao quadrangular final do Campeonato Catarinense.

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Eliminação na Série D para o Tombense em 2014, Estadual xoxo no ao seguinte, queda na primeira fase da Quarta Divisão de 2015. Tudo isso foi se somando e, aliado ao Campeonato Catarinense em que o clube viria a contratar Léo Moura, desencadeou mais e mais problemas. Renúncia, falta de apoio, diretoria sem dinheiro, queda à Série B do Catarinense. Tudo isso levou o Metropolitano a no ano passado viver o seu pior momento na história.

Resta, agora, saber como será esse 2019 que se projeta para o Metropolitano, com a volta de boa parte dos nomes que estiveram no clube anos atrás. Ao que parece, está mais para “2012”, mas a linha com “2016” é tênue.

Volta de Vadinho

Uma fonte ligada ao Metropolitano me disse nessa semana que a saída de Saulo Raitz culminaria, inevitavelmente, no retorno de Vadinho à presidência do clube. Coincidência ou não, no mesmo dia a assessoria de imprensa do clube divulgou uma nota atualizada com os nomes que compõem a diretoria. E quem estava no cargo de vice-presidente, antes vago? Ele, Vadinho.