Posso dizer que esta terça-feira (21) na minha casa tivemos o dia mais triste da família. Chorei tanto quanto quando meu pai morreu e nunca tinha visto tamanha tristeza no rosto dos meus filhos e da minha mulher. Sabem aquela gatinho que batizamos de Lenny Nill, que a minha filha Maria Claudia achou em fevereiro de 2018, no meio do mato e numa poço d’água, pedindo socorro e abandonado com poucos dias de vida? Na época ele estava com a barriguinha aberta e a perna ia ser amputada.
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O salvamos num hospital de Jurerê, mas depois ele foi atropelado e tivemos que chamar um cirurgião de Balneário Camboriú para arrumar seu quadril semi-destruído, que o fez andar mancando. Pois então, o levamos novamente ao hospital com tosse e sintoma de gripe e lá, depois de exames, foi diagnosticado com uma doença semelhante a Aids humana. Medicado com antibióticos, e levado pra casa, ele foi melhorando, voltou a engordar e a brincar.
Mas a médica foi realista. Qualquer doença poderia ser fatal, por isso ele deveria evitar a rua e o contato com outros animais. Redobramos os cuidados e o amor. Nunca vi gatinho tão lindo, querido e educado. Quando acordava, dava um beijinho de boca nos três amiguinhos da rua que vieram morar no quintal, acho que por causa dele. Já era o dono da casa.
No sábado senti sua falta e desde então saímos a sua procura por quase todas as ruas do bairro. Antes de dormir e ao acordar abria a janela e gritava pelo seu nome pra ver se ele dava um sinal. Aflição total entre todos com seu sumiço. Nesta terça nosso anjinho foi encontrado morto na frente da casa, embaixo de uma árvore, como se estivesse dormindo.
A tristeza dos três amiguinhos não foi diferente da nossa. Sabiam que ele tinha morrido e passaram o dia sentados no local onde foi encontrado. Com certeza, o pior dia de todos nós. Sofredor, viveu pouco mais de um ano, o suficiente para nos deixar varias lições. Em nome da família, quero agradecê-lo em público pelo amor que nos passou nesse seu curto tempo de vida. Lenny Nill, você nunca mais será esquecido, porque mudou as nossas vidas.
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