O bilionário catarinense Luciano Hang, que se afastou da política após o fim do governo Bolsonaro, voltou nesta quarta-feira (22) a levantar bandeira – mas para defender o setor varejista. Hang, que é dono da rede de lojas Havan, aderiu ao movimento de empresários do setor que pressiona pelo fim da isenção de impostos para compras de até US$ 50 em sites internacionais como Shein e Shopee. O assunto está na pauta da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22).

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Em vídeo endereçado aos deputados federais, Hang diz que não é momento de pensar em política mas de fazer o certo. Parlamentares temem que taxar as compras de até US$ 50 traga reflexos nos índices de popularidade, especialmente para os que vão concorrer nas eleições municipais.

Adversários irreconciliáveis, PL e PT votarão juntos no projeto: ambos devem indicar posição contrária ao retorno da taxação, o que pode inviabilizar a aprovação.

O empresariado alega que a isenção das compras de até US$ 50, que hoje está vigente, causa concorrência desleal com o mercado nacional e ameaça vagas de emprego no país.

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– O que os nossos representantes precisam colocar em discussão é a ameaça aos postos de trabalho no Brasil. Nós, empresários, comerciantes e entidades não estamos pedindo um aumento de impostos, mas a igualdade e isonomia de mercado. Ou todos pagam ou ninguém paga. Podemos também vender produtos com 50% de desconto se não pagarmos impostos, assim como fazem os estrangeiros, e ainda nos tornarmos mais competitivos – afirma Hang.

O catarinense diz ainda que não são apenas as grandes varejistas que estão sendo impactadas pela isenção, mas também as emresas menores.

– Se a preocupação chegou às grandes empresas brasileiras, as menores já foram impactadas há muito tempo. Nossas empresas pagam mais de 90% em impostos, enquanto as asiáticas nada contribuem.

A taxação das compras de até US$ 50 entrou como um “jabuti” no projeto que discute taxas de importação no setor automotivo. Foi um gesto do presidente da Casa, Arthur Lira (PP), ao setor do varejo.

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