Uma das funções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) é calcular de forma atualizada a inflação, que mostra o custo de vida das famílias. Para isso, realiza a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). A próxima, que começa em novembro, terá uma série de novidades, entre as quais quanto as famílias estão gastando em apostas on-line, as chamadas bets, e impactos do clima no custo de vida. Isso porque essas despesas se tornaram permanentes para uma parte importante de famílias brasileiras.
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Entre as novidades da pesquisa, estão ainda a apuração de informações sobre discriminações (de sexo, cor, etarismo e outras), compras on-line, custos com deficientes na família e histórico familiar para identificar situação continuada de baixa renda.
O superintendente do IBGE em Santa Catarina, Roberto Kern Gomes, disse que nessa pesquisa SC tem se destacado por ter indicadores econômicos positivos. Ele cita um da última POF, de 2017-2018.

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– No indicador não monetário que identifica quanto a pessoa acredita que teve perda da sua qualidade de vida em função do orçamento, Santa Catarina ficou em primeiro lugar. Mostrou que o catarinense, de certa forma, não tem perdido muita qualidade de vida – observa Roberto Kern Gomes.
Na avaliação do superintendente, SC tem vários indicadores positivos e um parece que puxa ou outro. Tem o menor índice de desemprego, menor número de Bolsa Família proporcional à população, maior índice de carteiras assinadas, menor de emprego informal.
Segundo ele, o objetivo da POF é coletar dados para saber as condições socioeconômicas das famílias brasileiras para calcular a inflação de forma mais realista e auxiliar nas decisões de políticas públicas. Ela dá base para o IBGE, por exemplo, excluir do cálculo da inflação gastos com locadoras de vídeos (que não acontecem mais) e incluir streaming.
O coordenador da pesquisa POF em Santa Catarina, será Eric Schmitt Reinhardt, do IBGE local. Segundo ele, as pessoas que vão trabalhar já foram contratadas. Serão 40 técnicos que farão entrevistas em 4.530 domicílios ao longo de um ano. O resultado será publicado no primeiro semestre de 2026.
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– O objetivo principal da pesquisa é coletar os dados de gastos das famílias e dos moradores de domicílios para recompor os índices de inflação do Brasil – afirma Eric Reinhardt.
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