Santa Catarina terá representante na estreia do surfe como modalidade olímpica, em Tóquio. Não na água, mas na arbitragem. Luli Pereira, de Balneário Camboriú, trabalhará como juiz nas competições masculina e feminina. Ex-surfista profissional, desde 2004 ele atua como julgador e há 12 anos é juiz em tempo integral da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês).
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Na última temporada, Pereira foi o chefe dos juízes na liga feminina. No surfe, sete árbitros dão notas às manobras, orientados por critérios do chefe (head judge). A experiência contou na escolha de Pereira para ir ao Japão. Mas será uma oportunidade diferente, com a exposição maciça que a Olimpíada proporcionará.
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— A transmissão ao vivo vai ser muito importante para educar as pessoas, principalmente quem nunca teve contato com uma competição de surfe. Eles vão ter que descrever as manobras, ensinar como é a avaliação. Sendo um esporte subjetivo, claro que é passível de interpretações — prevê.
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Embora o julgamento esteja imerso nessas subjetividades, os juízes têm olhos treinados para identificar detalhes mínimos, que podem custar uma medalha de ouro. Para que as avaliações sejam precisas, pode ser necessário reprisar ondas em vídeo. Quantas vezes for necessário.
Luli Pereira embarca ao Japão no fim do mês. As provas do surfe ocorrem de 25 a 28 de julho, em Tsurigasaki, a 60 quilômetros da capital japonesa. Os surfistas brasileiros em Tóquio serão Gabriel Medina, Italo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima.
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