Um prédio de quatro andares no bairro Garcia, que no passado abrigou o Colégio SOS, virou a bola da vez dos vereadores de Blumenau para tirar do papel o antigo sonho da sede própria da Câmara. O imóvel tem cerca de 5,5 mil metros quadrados e fica na Rua Capitão Santos, uma transversal da Rua Amazonas, próxima ao Terminal Fonte.
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A alternativa foi apresentada pela Mesa Diretora em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta sexta-feira (31). O imóvel no Garcia pertence à prefeitura e recentemente chegou a ser utilizado como apoio do programa de combate à dengue, armazenando pneus recolhidos em mutirões. A edificação, no entanto, atualmente está sem uso.
O plano original da Câmara era construir a nova sede na Rua das Palmeiras, próximo da atual sede, em um terreno que já foi comprado. O projeto também contemplava uma espécie de parque ciliar integrado à paisagem do Centro Histórico. Quando a ideia foi apresentada, em 2019, a estimativa era de que o investimento necessário para colocar um novo prédio de pé fosse de R$ 19 milhões.
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Trazendo essa projeção para hoje, o custo passaria de R$ 30 milhões, segundo o vereador Ito de Souza (PL), atual presidente da Câmara e que resgatou a ideia no início deste ano. Nas contas do parlamentar, haveria uma economia maior de recursos reformando esse prédio mais antigo em vez de iniciar uma construção do zero. Além disso, a Câmara eliminaria a despesa com aluguel da atual sede, atualmente em cerca de R$ 80 mil por mês.
O imóvel também ofereceria, segundo os vereadores, um plenário e um estacionamento mais amplos. A ideia é reformar a edificação, duas vezes maior que a Câmara atual, com valores levantados a partir da venda do terreno originalmente mapeado para receber a nova sede. Ainda não há, no entanto, prazo para isso acontecer.
O próximo passo é negociar a cessão da área com a prefeitura e depois lançar uma licitação para a revitalização, mas isso não deve ser um empecilho. Há, no entanto, um porém: o contrato de locação da atual sede é válido até 2027. O jurídico da Câmara vai analisar a documentação para tentar uma eventual rescisão sem o pagamento de multa.
Na apresentação da proposta, estiveram presentes os vereadores Ito (PL), Jean Volpato (PT), Cristiane Loureiro (Podemos) Diego Nasato (Novo) e Silmara Miguel (PSD). Curiosamente, quatro dos cinco partidos representados tiveram candidatos a prefeito em 2024. O recado que a Câmara tenta transmitir é que a nova sede é uma pauta apartidária e, no médio e longo prazos, boa para a cidade por proporcionar economia de recursos públicos após a consolidação do investimento.
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*Com informações de Felipe Sales, da NSC TV
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