A situação é desesperadora. A afirmação é do coordenador do Fórum de Turismo da Grande Florianópolis (Fortur), Marcelo Bohrer. O setor reclama que está “abandonado à própria sorte” e reivindica que os protocolos utilizados com a situação de “bandeira laranja” sejam os mesmos na “bandeira vermelha”.

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“Mais de 50% das empresas prestadoras de serviço para eventos não possui mais condições de atuar, fechando as suas portas e ampliando as demissões. Isto significa um retrocesso de cerca de 10 anos na formação e especialização de empresas do setor”, diz Marcelo Bohrer, coordenador do Fortur, entidade que reúne o trade turístico e de eventos da região.

Há cinco meses os empresários do segmento participaram do comitê que definiu os protocolos sanitários para a realização de eventos em todo o Estado. Entretanto, eles reclamam o abandono e que não se avançou nas liberações.

A entidade alega que os protocolos fixados em Santa Catarina já são rígidos em relação aos demais Estados e atendem à necessidade de distanciamento social. “O setor investiu no desenvolvimento de procedimentos rigorosos, baseados em protocolos internacionais, e está preparado para operar com baixo risco”, diz Bohrer.

Demissões

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Vai faltar tempo para recuperar o patamar pré-pandemia. “Neste intervalo de tempo muitas empresas perderam eventos e perspectivas de novos negócios. Foram obrigadas a demitir e tiveram pouca oferta de linha de crédito para garantir a própria subsistência. A situação é desesperadora”, lamenta o presidente do Fortur.

Realidade

É muito triste a situação do setor de eventos, segmento que emprega milhares de pessoas na região, atrai um turista de qualidade, que gasta mais do que o turista convencional e que acaba voltando com a sua família, depois, para passar as férias. A dura realidade aponta um estilo de negócio onde grande parte dos trabalhadores é freelancer, ou seja, trabalha por empreitada. Tendo evento ganha, não tendo, não ganha. É gente trabalhadora e que está sem renda. 

O que complica o setor é o contexto de viés de alta da pandemia. Quanto maior for a irresponsabilidade dos que teimam em não respeitar os protocolos sanitários – circulando sem máscara, em festas ou aglomerações – mais difícil será para ampliar as atividades permitidas. É a irresponsabilidade dos outros que compromete o emprego e a renda de quem trabalha sério. 

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