Era 20 Abril de 1994. Essa é uma das noites mais aleatórias do esporte brasileiro. Recém-chegado na Williams (a melhor equipe dos anos anteriores), o tricampeão de Formula 1, Ayrton Senna, vivia um momento conturbado na carreira. Após duas corridas abandonando antes do fim, Senna via seu novo grande adversário, Michael Schumacher, abrir 20 pontos de vantagem na briga pelo título. 

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Depois da frustração por mais um resultado negativo na pista, Senna, de fato, parecia querer mais tranquilidade para recarregar as baterias. Por sugestão de Galvão Bueno, voou para Paris para acompanhar o amistoso da Seleção com um combinado entre dois dos times mais fortes da França na época, Paris Saint-Germain e Bordeaux, com o reforço de Assis (irmão de Ronaldinho Gaúcho) jogador do Sion, da Suíça. 

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Senna ainda foi convidado para dar o pontapé inicial da partida. Inicialmente, o tricampeão estava relutante. Temia ser vaiado por estar na terra de Alain Prost, com quem viveu intensa rivalidade, a maior da história da Fórmula 1. Mas isso não se concretizou, ao contrário. Ayrton foi muito aplaudido quando entrou no gramado do Parque dos Príncipes, cumprimentou o trio de arbitragem e o capitão brasileiro Raí, e deu o chute na bola.

Ao sair do gramado, o tricampeão se dirigiu ao banco de reservas da Seleção e disse: Vocês ganham o tetracampeonato aí, que eu ganho aqui. 

Senna assistiu à partida da em um camarote do Parque dos Príncipes e deu uma de suas últimas entrevistas. Parecendo alegre e descontraído, falou com a agência de notícias francesa Agence TV. Ao final da partida, o piloto jantou com os atletas e staff da Seleção Brasileira. Senna deixou os participantes do jantar encantados com o seu carisma. 

Infelizmente, menos de duas semanas após a partida, no Grande Prêmio de San Marino, disputado em Ímola, na Itália, Senna bateu a mais de 300 km/h na curva Tamburello e nos deixou precocemente aos 34 anos de idade.

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Em julho do mesmo ano, a Seleção Brasileira conquistou o tetracampeonato mundial de futebol com uma vitória sobre a Itália nos penaltis, e os jogadores levaram uma faixa com os dizeres:

– Senna… Aceleramos juntos, o tetra é nosso. 

Que saudade de Senna, de ser campeão do mundo e dos anos 90. 

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*Leandro da Lapa é estagiário sob a supervisão de Diogo Maçaneiro

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