No coração do deserto de Karakum, no Turcomenistão, uma cratera apelidada de “Porta do Inferno” chama a atenção por seu fogo eterno e crescimento contínuo. Localizada em Darvaza, na província de Ahal, essa formação geológica surgiu com o colapso do permafrost (solo permanentemente congelado) e se transformou em um espetáculo natural impressionante.
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O que torna essa cratera tão extraordinária?
Desde 1971, as chamas da Cratera de Darvaza não se apagaram, alimentadas pelos abundantes depósitos de gás natural da região.
Com aproximadamente 70 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade, o interior do abismo atinge temperaturas entre 400°C e 1.000°C, exalando um forte odor de enxofre que pode ser sentido a quilômetros de distância.
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Um estudo recente (2024), realizado por cientistas da Universidade Estatal de Lomosonov e do Instituto Alfred Wegener (Alemanha), revelou que a cratera está se expandindo a uma velocidade surpreendente: até 1 milhão de metros cúbicos por ano, devido ao derretimento acelerado do permafrost. Além disso, ela emite toneladas de carbono anualmente, impactando o meio ambiente.
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Onde fica essa maravilha (ou terror) natural?
A pequena vila de Darvaza (ou Derweze, que significa “o portão” em turcomano) abriga apenas 350 habitantes e está situada a 260 km da capital, Ashgabat.
Apesar da localização remota, no meio do deserto, o local atrai aventureiros e turistas, tornando-se um dos principais pontos turísticos do país.
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Visitantes podem chegar de jipe até a borda da cratera e se aproximar das labaredas, sentindo o calor intenso.
Em 2013, o explorador George Kourounis, da National Geographic, desceu ao interior do abismo para coletar amostras e testar a possibilidade de vida em condições extremas. Sua descrição? “Muito mais assustador, quente e vasto do que eu imaginava.”
Por que o nome “Porta do Inferno”?
O apelido surgiu entre os moradores locais devido ao cenário infernal: chamas alaranjadas, lama borbulhante e gases tóxicos lembrando as descrições mitológicas do reino de Hades (o mundo dos mortos na Grécia Antiga).
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Como essa cratera se formou?
Tudo começou em 1971, quando engenheiros soviéticos perfuraram o solo em busca de petróleo. Durante as escavações, descobriram uma caverna subterrânea repleta de gás metano, que desmoronou, engolindo os equipamentos e abrindo um gigantesco buraco.
Para evitar a liberação descontrolada de gases tóxicos, os cientistas decidiram atear fogo ao metano, esperando que as chamas durassem apenas alguns dias. No entanto, mais de 50 anos depois, o fogo ainda queima — e ninguém sabe quando (ou se) ele vai se extinguir.
Especialistas não têm uma resposta, já que a quantidade exata de gás no subsolo permanece um mistério. Enquanto isso, a “Porta do Inferno” continua a crescer, queimar e fascinar o mundo.
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