Essa é uma história que começa com Ovnis roubando latas de lixo nas ruas dos Estados Unidos nos anos 50 e termina em um dos paradoxos mais intrigantes da raça humana. Afinal, já tem um bom tempo em que tentamos contato com seres extraterrestres — sem sucesso até o momento — pelo menos de forma “oficial”. E com tantos bilhões de anos de história do universo, e um número incalculável de estrelas e planetas, é natural que surja a seguinte pergunta: onde está todo mundo?

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Bom, esse é justamente um dos focos do famoso Paradoxo de Fermi. Ou seja, uma espécie de contradição entre as elevadas estimativas de probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e — por enquanto — a total falta de evidências para contato com tais civilizações (vamos desconsiderar aqui o “sinal Wow”).

Mas e se a raça humana for — de fato — a primeira civilização do universo? Em termos probabilísticos, isso é perfeitamente possível. O catarinense Pedro Loos, do canal Ciência Todo Dia no YouTube, publicou um vídeo excelente que ajuda a entender esse complexo cenário. São cerca 10 minutos de histórias e explicações esclarecedoras sobre o motivo do nosso isolamento cósmico. Tudo para entendermos se há uma possível resposta para a seguinte pergunta:

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Somos a primeira civilização do Universo? Assista ao vídeo

Paradoxo de Fermi: o mistério da ausência de contato alienígena

Por décadas, a humanidade tem se perguntado se estamos sozinhos no universo ou se existem outras formas de vida inteligente além de nós. Essa questão fascinante tem intrigado cientistas, filósofos e entusiastas da ficção científica ao longo dos anos. O Paradoxo de Fermi, nomeado em homenagem ao famoso físico italiano Enrico Fermi, destaca essa indagação e levanta questões ainda mais profundas. Por que não encontramos evidências de contato com civilizações alienígenas? Onde estão os extraterrestres?

Ok, há quem diga que o Paradoxo de Fermi não é, de fato, um paradoxo. E também que não é de Enrico Fermi. Mas vamos deixar essa conversa para outro momento.

Por enquanto, podemos resumir o Paradoxo de Fermi em uma simples pergunta: “Se existem tantas estrelas e planetas no universo, como ainda não encontramos sinais de vida extraterrestre inteligente?”

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Afinal, considerando a vastidão do cosmos, a quantidade de estrelas e galáxias, e as inúmeras possibilidades de vida em outros planetas, seria de se esperar que já tivéssemos detectado algum sinal, ou pelo menos algum indício de civilizações alienígenas avançadas.

Enrico Fermi, um renomado físico, ao discutir o assunto com colegas em 1950, fez uma observação intrigante. Ele apontou que, se existissem civilizações alienígenas suficientemente avançadas, seria de se esperar que elas já tivessem colonizado a galáxia inteira ou, no mínimo, que tivessem enviado sondas ou mensagens para se comunicar conosco. No entanto, até aquele momento, não havia sido encontrado nenhum sinal de tal atividade.

Hipótese do “Grande Filtro”

Uma possível resposta para o Paradoxo de Fermi é a hipótese do “filtro” ou “Grande Filtro”. Essa teoria sugere que há algum obstáculo ou evento catastrófico ao longo do desenvolvimento de uma civilização que impede sua sobrevivência ou expansão. Esse filtro pode ocorrer em diferentes estágios do processo evolutivo, desde a origem da vida até o desenvolvimento de civilizações tecnologicamente avançadas.

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De acordo com essa hipótese, a Terra pode ser considerada um exemplo de sucesso em superar o filtro. Afinal, aqui estamos nós, uma espécie tecnologicamente avançada capaz de enviar missões espaciais e explorar o universo. No entanto, pode ser que estejamos em uma minoria rara, já que a maioria das civilizações possivelmente não superou o Grande Filtro e, consequentemente, não alcançou a capacidade de comunicação intergaláctica.

Existem várias possíveis explicações para o Grande Filtro. Pode ser que a origem da vida seja um evento extremamente improvável, ou que a evolução de seres inteligentes seja um processo raro e complexo. Além disso, eventos catastróficos como extinções em massa, mudanças climáticas drásticas ou autodestruição de civilizações podem ser fatores que impedem o desenvolvimento e a sobrevivência de formas de vida inteligente.

Hipótese do Zoológico ou do Observador

Outra possibilidade intrigante é que civilizações avançadas possam existir, mas optem por não entrar em contato conosco. Essa teoria, conhecida como “Hipótese do Zoológico” ou “Hipótese do Observador”, sugere que seríamos como animais em um zoológico para essas civilizações mais avançadas. Elas podem estar nos observando, estudando nosso desenvolvimento, mas decidiram não interferir em nosso progresso natural.

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Hipótese da Floresta negra

O cenário é o seguinte: imagine você entrando em uma grande e desconhecida floresta escura. É natural que você avance com uma série de cuidados. Afinal, esse lugar pode estar cheio de perigos ocultos. E é justamente esse o cenário proposto pela hipótese da Floresta Negra — que é uma das propostas para explicar o Paradoxo de Fermi.

Segundo essa hipótese, as civilizações tecnologicamente avançadas optam por permanecer invisíveis no cosmos, a fim de evitar a detecção por outras civilizações. Isso ocorreria devido a preocupações com ameaças potenciais, como guerras e catástrofes, ou até mesmo a preservação de recursos escassos. Assim, em vez de expandir e colonizar o universo visivelmente, essas civilizações permaneceriam ocultas para garantir sua própria sobrevivência e minimizar o risco de extinção.

Essa hipótese sugere que, embora existam muitas civilizações avançadas no universo, elas optam por não entrar em contato ou serem detectadas por outras espécies. Isso explicaria a falta de evidências claras de sua presença, apesar da provável abundância de planetas habitáveis e da idade relativamente jovem do universo.

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De acordo com a Hipótese da Floresta Negra, o universo pode estar repleto de civilizações tecnologicamente avançadas, mas permanecemos isolados e sem evidências tangíveis por conta da escolha de essas civilizações permanecerem ocultas, tornando o cosmos uma imensa “floresta negra” aparentemente vazia e silenciosa.

Agora imagine se você está nessa floresta negra e quer tentar descobrir, de alguma forma, se há perigos adiante. Algo bem comum nesse cenário seria você pegar — por exemplo — arremessar um galho ou uma pedra para fazer algum barulho, e com isso chamar brevemente a atenção para um eventual ser que possa estar nos arredores. Há quem diga que é disso que se trata o famoso “sinal Wow”. Ou seja, foi um ruído emitido por alguma civilização inteligente — que emitiu o sinal, percebeu que nós o detectamos, e desde então permanece oculta — em silêncio — para jamais ser encontrada.

O canal SpaceToday, de Sérgio Sacani, publicou um vídeo sobre o assunto. Vale a pena conferir.

Hipótese da Floresta Negra: a resposta para o Paradoxo de Fermi

Outras possibilidades

Também é possível que nossos métodos de detecção de vida extraterrestre sejam limitados ou inadequados. Atualmente, buscamos por sinais de rádio ou tentamos encontrar planetas habitáveis na “zona habitável” de suas estrelas. No entanto, esses métodos podem não ser os mais eficientes para identificar civilizações alienígenas avançadas. Talvez estejamos simplesmente procurando no lugar errado ou usando as ferramentas erradas.

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Recentemente, os avanços na exploração espacial e na astronomia têm permitido que os cientistas expandam suas pesquisas em busca de respostas para o Paradoxo de Fermi. Missões como o Telescópio Espacial James Webb, que vem mostrando avanços incríveis na exploração espacial, têm o potencial de detectar moléculas orgânicas em exoplanetas, aumentando as chances de encontrar sinais de vida extraterrestre. Além disso, projetos como o Breakthrough Listen, lançado em 2016 e com expectativa de funcionar por pelo menos 10 anos, têm como objetivo vasculhar o cosmos em busca de sinais de rádio artificiais provenientes de civilizações alienígenas.

Em suma, o Paradoxo de Fermi continua a intrigar e desafiar os cientistas e a humanidade como um todo. Embora ainda não tenhamos encontrado evidências concretas de vida extraterrestre inteligente, a busca por respostas continua. As possibilidades são vastas: desde a existência de um Grande Filtro que impede a sobrevivência de civilizações, até a ideia de que estamos sendo observados por seres mais avançados. A exploração espacial e os avanços científicos nos aproximam cada vez mais da compreensão do nosso lugar no universo. Com isso tudo, talvez um dia possamos finalmente descobrir a resposta para esse intrigante enigma que é o Paradoxo de Fermi.

Para finalizar, o canal Ciência Todo Dia tem um vídeo especial sobre o Paradoxo de Fermi.

Onde Estão Todas as Civilizações Inteligentes?

E uma última dica de vídeo, também do catarinense Pedro Loos: “Existe Vida Fora da Terra?”

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Entenda a Equação de Drake

*Este artigo foi produzido com auxílio de inteligência artificial.

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