Fabiana Justus apareceu nas redes sociais nesta terça-feira (11) para fazer um desabafo sobre a vida após vencer a leucemia. A influencer revelou que, depois do tratamento e do transplante de medula óssea, não conseguiu mais “acessar” os sentimentos.
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“Acabei de terminar minha terapia e, gente, como eu chorei… como eu chorei nessa sessão. Mas é bom, é muito bom pôr para fora. No começo, logo depois que eu fiz o transplante e tudo mais, eu sentia muita dificuldade de acessar as minhas emoções”, afirmou a filha de Roberto Justus.
A criadora de conteúdo ainda comentou que sua terapeuta falou que o “bloqueio” é um jeito do corpo de se proteger. Um tipo de estresse pós-traumático de quem vive momentos tão difíceis, como os que Fabiana viveu, e acaba se fechando para os sentimentos.
“É meio que o corpo falando assim: ‘Deixa eu desligar isso aqui por enquanto, porque eu não sei lidar com isso, para não dar um tilt, né?’. E aí, conforme eu vou fazendo minhas sessões de terapia, eu vou abrindo de novo esses sentimentos. E hoje, gente… eu me debulhei de chorar”, completou Fabiana Justus.
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Veja fotos da influenciadora Fabiana Justus durante o transplante
Ela ainda mencionou como todo mundo à sua volta parece ter “se curado” também, como se as pessoas sentissem que tudo voltou ao normal, menos quem viveu o câncer. “Por exemplo: eu ainda vivo um tratamento de manutenção, ainda tenho muitos medos, ainda faço bastante exame, etc. Eu ainda não estou 100% como eu era… e acho que nunca mais vou voltar a ser quem eu era, né?”, comentou.
No desabafo, Fabiana Justus falou sobre o avanço da medicina na cura do câncer. “A medicina evoluiu muito, né? Ela está permitindo que as pessoas curem o câncer muito mais do que no passado. Então, até a literatura da psicologia não tem tanta coisa sobre esse pós. As pessoas ainda estão aprendendo a lidar com isso, porque é agora que tanta gente está conseguindo se curar. Se Deus quiser, cada dia mais”, refletiu.
Por fim, Fabiana disse que resolveu fazer esse desabafo porque, na perspectiva dela, o pós-câncer é um pouco solitário. Segundo ela, “ninguém está dentro de você para sentir o que você está sentindo”.
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“E eu estou feliz porque, pelo menos, estou conseguindo acessar essas emoções. Estou conseguindo pôr para fora. Estou conseguindo chorar. Teve uma época em que eu não estava conseguindo chorar, gente. Porque eu me fechei muito, acho que inconscientemente, para me proteger. É isso. Só quis abrir a câmera e falar um pouquinho”, concluiu, bastante emocionada.
*Sob supervisão de Pablo Brito
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