O Sindicato dos Árbitros de Futebol de Santa Catarina (Sinafesc) denunciou supostas agressões e ameaças feitas por funcionários do Barra contra o árbitro Gustavo Ratti, durante a derrota por 2 a 0 no jogo-treino contra o Figueirense, no último sábado, no Scarpelli. O caso foi parar na polícia.
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Para contextualizar, Gustavo Ratti foi o quarto árbitro da partida entre Caravaggio e Barra, na última rodada do Catarinense, que gerou a polêmica do gol anulado após o apito final e, consequentemente, as disputas judiciais que sucederam o episódio.
Segundo apuração do Globo Esporte, o Barra comunicou que foi pego de surpresa com a escalação do árbitro Gustavo Ratti e o clube também afirma que pediu a troca do árbitro antes da bola rolar, pedido que não foi atendido.
+Árbitro confirma gol do Barra, termina o jogo e anula depois
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De acordo com a nota do Sinafesc, no intervalo do jogo-treino, quando as equipes estavam empatados em 0 a 0, Ratti sofreu ameaças e agressões físicas por parte de membros do Barra.
Após informações fornecidas pela nota da Sinafesc, o Globo Esporte confirmou que Ratti registrou um boletim de ocorrência no 22° batalhão da Polícia Militar de Florianópolis.
O Barra se manifestou sobre o assunto no fim da tarde desta segunda-feira (7), e afirmou que solicitou a substituição do árbitro central por outro membro da equipe de arbitragem escalada. Além disso, confirmou uma “discussão verbal” entre o árbitro e demais presentes no local. No entanto, alega que “a situação não escalonou para além do diálogo”.
Confira a nota na íntegra:
“O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Santa Catarina (SiNAFESC) vem a público manifestar seu mais veemente repúdio aos atos de violência e intimidação sofridos pelo árbitro Gustavo Baggio Ratti, durante a realização de jogo-treino envolvendo a equipe do Barra Futebol Clube, ocorrido no dia 5 de abril de 2025, conforme registrado em Boletim de Ocorrência junto à Polícia Militar.
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Durante o intervalo da partida, Gustavo Ratti foi alvo de ofensas verbais, ameaças graves e agressões físicas por parte de membros do clube, com frases como “sabemos onde você mora” e “vamos falar com o pessoal do PCC pra ir atrás de você”, além de bolada no rosto e esguichos de água, configurando um episódio covarde e inaceitável.
Por se tratar de um jogo-treino, a conduta dos envolvidos não será objeto da Justiça Desportiva, mas não por isso deixará de ser rigorosamente apurada nas esferas cível e criminal, a quem cabe a responsabilização dos atos cometidos.
O SiNAFESC reafirma que não tolerará qualquer tipo de violência contra os profissionais da arbitragem e exigirá que os agressores sejam identificados e punidos conforme a lei. A integridade física, moral e psicológica dos árbitros precisa ser respeitada em qualquer ambiente esportivo, oficial ou não.
Nos solidarizamos com o árbitro Gustavo Ratti e reforçamos nosso compromisso de prestar todo o apoio necessário, inclusive jurídico e psicológico.
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Respeito à arbitragem é respeito ao futebol. A violência não será normalizada.”





