Frutas muito maduras não perdem nutrientes significativos, mas sofrem alterações químicas que aumentam o índice glicêmico e facilitam a digestão.
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Especialistas explicam que, nesse estágio, o amido se transforma em açúcar simples, tornando a polpa mais doce, macia e ideal para quem tem sensibilidade gástrica ou intestino preso.
Mas atenção: apesar de evitar o desperdício ser positivo, existe um grupo específico de pessoas que deve restringir o consumo quando a fruta chega nesse ponto. Saiba se é o seu caso.
Por que a fruta fica mais doce ao amadurecer?
A nutricionista Mariana Rubio, do Doctor Puro, esclarece por que a fruta fica mais doce com o passar do tempo após a colheita e se isso é ruim.
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“A fruta muito madura praticamente não perde nutrientes, mas fica mais doce porque os carboidratos se transformam em açúcar simples. Isso aumenta o índice glicêmico e pode não ser a melhor opção para quem tem resistência à insulina ou precisa controlar a glicemia.”
O amadurecimento envolve transformações químicas que deixam a fruta mais doce porque o amido começa a se quebrar e se transforma em açúcares simples.
Além do sabor mais acentuado, a textura também muda. A polpa se torna mais macia, o que facilita a mastigação e a digestão — fator que pode ser benéfico para algumas pessoas.
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Comer fruta passada ajuda na digestão?
Sim. Tanto nutricionistas quanto nutrólogos concordam que as frutas muito maduras podem ser melhores para quem tem digestão mais sensível ou está se recuperando de algum desconforto gastrointestinal.
O nutrólogo Felipe Cezar, do Espaço Hi, explica que isso acontece porque o amadurecimento reduz a complexidade estrutural da fruta.
“Frutas muito maduras tendem a ser mais doces e macias, o que as torna mais fáceis de digerir. O processo envolve a quebra de amidos complexos em açúcares simples e a degradação de algumas fibras, tornando a polpa menos fibrosa e mais palatável.”
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O médico dr. Felipe Gazoni, pós-graduado em nutrologia, reforça essa ideia:
“À medida que a fruta amadurece, o amido se transforma em açúcares simples e as fibras ficam mais macias. As enzimas naturais da fruta também ficam mais ativas, facilitando a digestão.”
A fruta madura perde vitaminas e nutrientes?
A resposta é: depende do nutriente — e, mesmo quando há queda, ela não costuma ser expressiva.
Felipe Cezar explica que vitaminas sensíveis à luz e ao calor podem apresentar leve redução, mas nada alarmante:
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“A fruta madura pode ter uma pequena perda de vitaminas como a vitamina C, mas essa perda não costuma ser significativa. Minerais e fibras permanecem praticamente intactos, e alguns antioxidantes até se tornam mais biodisponíveis.”
Assim como Cezar, o dr. Gazoni concorda: “Depende do nutriente, mas não é uma perda grande, e nem sempre é perda.”
Mariana Rubio também observa que a mudança mais importante é no impacto glicêmico — e não no valor nutricional como um todo.
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Lista: Quem deve comer e quem deve evitar
✅ Aliada da Saúde:
- Pessoas com gastrite ou digestão lenta.
- Idosos com dificuldade de mastigação.
- Pré-treino (energia rápida).
⚠️ Requer Atenção:
- Diabéticos (devido ao pico de insulina).
- Pessoas em dieta restritiva de carboidratos simples.
Vale ou não vale consumir?
A resposta é simples: sim, vale — desde que faça sentido para cada pessoa. A fruta madura continua sendo um alimento nutritivo, saboroso e funcional. O segredo, como diz Mariana Rubio, é “ajustar ao objetivo”.
Se a fruta passou um pouco do ponto, nada de desperdício: ela segue sendo uma aliada da alimentação saudável, especialmente quando incorporada às preparações do dia a dia.
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