As altas temperaturas estão batendo recordes em todo o mundo e o calor só aumenta. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2024 foi o ano mais quente em 174 anos, com um aumento global de 1,4°C acima da média.
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Com o tempo mais quente, o número de pacientes com sintomas de doenças cardiovasculares e respiratórias também cresce.
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O aumento do calor tem sido impulsionado por gases do efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que atingiram níveis históricos. Apesar de as causas serem globais, os efeitos são sentidos até nas pequenas cidades.
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Calor extremo pode ser fatal
O calor intenso tem causado muitas mortes ao redor do mundo. De acordo com um estudo publicado na Nature Medicine, cerca de 6% das mortes em cidades da América Latina são causadas pela temperatura extrema.
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A pesquisa indica que doenças cardiovasculares e respiratórias são agravadas pelo calor, afetando especialmente crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
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Como o corpo reage ao calor
A fisiologista Maria Gorete Teixeira Morais explica: “quando somos expostos a um estresse térmico, o organismo reage imediatamente”. A primeira resposta do corpo é a sudorese, mecanismo natural para resfriamento.
Mas, em regiões úmidas como a Amazônia, “há uma dificuldade de eliminação dessa temperatura”. Já em áreas secas, como o Nordeste, “as ondas de calor dificultam o resfriamento do corpo”, esclarece.
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Por que os problemas do coração aumentam no calor?
O calor extremo aumenta a viscosidade do sangue, favorecendo a formação de coágulos. “Nosso sangue fica mais espesso, trazendo uma carga adicional para o coração”, alerta Maria Gorete.
Pessoas com insuficiência cardíaca podem sofrer arritmia e outras complicações, pois o coração precisa trabalhar mais para dissipar o calor corporal.
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Impactos na respiração e imunidade
A umidade do ar interfere diretamente na saúde respiratória. “Nos lugares secos, ocorre um ressecamento importante da mucosa do nariz e boca, prejudicando a barreira protetora contra vírus e bactérias”.
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Além disso, o calor favorece surtos de doenças infecciosas como a dengue, tornando essencial o controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Como se proteger do calor extremo
Os especialistas afirmam que medidas simples podem ser grande contribuição para a prevenção de problemas graves de saúde cardiovascular e respiratória.
- Mantenha-se hidratado: beba água regularmente, mesmo sem sentir sede.
- Evite a exposição ao sol: prefira locais frescos e sombreados.
- Use roupas leves: tecidos leves e claros ajudam na regulação térmica.
- Cuide da alimentação: consuma refeições leves e evite alimentos quentes.
- Proteja-se ao sair: use protetor solar, chapéu e óculos escuros.
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Adapte sua casa e rotina ao calor
Mesmo dentro de casa, é importante se proteger. “Não deixar as casas abafadas nem totalmente abertas ao sol” é essencial para manter a temperatura equilibrada.
Ventilar os ambientes, tomar banhos frios e evitar aglomerações também ajudam a reduzir os impactos do calor intenso.
O calor extremo não é apenas um incômodo, mas um risco real para a saúde. Medidas simples, como hidratação e evitar o sol forte, podem fazer toda a diferença.
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Com pequenas mudanças na rotina, é possível se proteger dos efeitos do calor e garantir mais bem-estar nos dias quentes.
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