O caso de Lucas Paquetá, do West Ham e da Seleção Brasileira, chegou a uma conclusão nesta quinta-feira (31). O meia foi inocentado das acusações de má conduta em relação a apostas, conforme decisão da Comissão Reguladora da Inglaterra anunciada pela Football Association (FA), a federação inglesa de futebol.
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Veja fotos de Lucas Paquetá, do West Ham
De acordo com a nota divulgada pela FA, a Comissão Reguladora considera que as alegações de envolvimento com o esquema de apostas não foram comprovadas após audiência.
— Foi alegado que Lucas Paquetá tentou influenciar diretamente o andamento, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência dessas partidas, ao tentar intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas. Lucas Paquetá negou as acusações contra ele, e a Comissão Reguladora considerou que elas não foram comprovadas após uma audiência — explicou a FA.
Apesar disso, a entidade também havia acusado o jogador de “não cumprir suas obrigações de responder perguntas e fornecer informações à investigação”. Neste caso, a Comissão considerou que as acusações foram comprovadas, com a multa para essas violações ainda a definir.
Paquetá também se manifestou sobre a decisão nas redes sociais e agradeceu aos familiares e torcedores pelo apoio ao longo dos meses de investigação.
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— Desde o primeiro dia desta investigação, mantive minha inocência contra essas acusações gravíssimas. Não posso dizer mais nada agora, mas também não consigo expressar o quanto sou grato a Deus e o quanto estou ansioso para voltar a jogar futebol com um sorriso no rosto. À minha esposa que não soltou a minha mão, ao West Ham, aos torcedores que sempre me apoiaram, ao Fernando Malta e à minha equipe jurídica da Level (Alastair Campbell, Jonathan Hyman, Dan Lowen), Nick de Marco KC, e Kendrah Potts – obrigado por tudo. […] — conclui.
Entenda as acusações envolvendo Lucas Paquetá
A FA acusou Paquetá, em maio de 2024, de ter forçado quatro cartões amarelos em quatro partidas diferentes, entre novembro de 2022 e agosto de 2023, contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth. Familiares do jogador teriam apostado com sucesso nesses jogos, segundo o Daily Mail.
Segundo a federação, o jogador tentou “influenciar o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência dessas partidas ao tentar intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas”.
Em março de 2023, casas de apostas brasileiras receberam um número incomum de bilhetes que continham a seleção de “Paquetá para receber cartão amarelo” contra o Aston Villa, no dia 12 do mesmo mês. O fluxo anormal alertou os sistemas de monitoramento das casas.
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A FA deu início a investigação quando essas apostas foram rastreadas de volta para a Ilha de Paquetá, o bairro do Rio de Janeiro onde o jogador nasceu e cresceu. Grande parte dessas apostas foram feitas por contas novas, vinculadas a conhecidos do carioca. Além disso, muitas desses novos usuários fizeram a aposta máxima permitida.
Paquetá negou ter envolvimento com o caso. “Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com toda as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários”, disse o atleta, na época.
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