Conheça o livro do Embaixador do Brasil na Bélgica sobre dignidade humana e discriminação

O diplomata, escritor e dramaturgo Silvio José Albuquerque e Silva desembarca no Brasil em novembro para lançar seu novo livro, Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas, uma obra que analisa o avanço da intolerância e o desmonte de políticas de igualdade no país e no mundo.

Com 122 páginas e preço de R$ 45, Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas chega ao público com eventos de lançamento no Rio de Janeiro, no dia 20, na Livraria Leonardo da Vinci, e em Salvador, no dia 26, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), integrando a agenda do Mês da Consciência Negra.

Publicada pelo selo Pensamento Negro Contemporâneo, da Editora Telha, a obra reúne relatos reais de figuras públicas a pessoas comuns que enfrentaram racismo, misoginia, xenofobia e outras expressões de exclusão.

“A profusão crescente de casos de racismo e discriminação racial no Brasil e no mundo nos leva a crer que o racismo jamais poderá ser eliminado, mas precisamos dar um basta nesse paradigma”, diz o autor.

Com sensibilidade e rigor analítico, Albuquerque destaca respostas marcadas por coragem, solidariedade e resistência. “A reemergência de ideologias extremistas, a manipulação do medo e o ódio a mulheres, afrodescendentes, povos indígenas, migrantes e membros da comunidade LGBTQIA+ exigem de todos perseverança na luta por direitos, igualdade e justiça”, afirma o embaixador.

Primeiro homem negro a liderar uma representação diplomática brasileira na Europa em um intervalo de cem anos, Silvio Albuquerque acumula mais de três décadas de carreira. Já comandou a embaixada do Brasil no Quênia, foi representante permanente junto à ONU em Nairóbi e atuou em postos estratégicos como Colômbia, Chile e Canadá. Em 2024, teve seu nome aprovado pelo Senado com 44 votos favoráveis para assumir a embaixada em Bruxelas.

Inspirado em pensadores como Milton Santos, o livro propõe reflexões sobre dignidade humana como base para a convivência democrática. Além de marcar posição política e intelectual, a obra contribui para o fortalecimento da produção literária negra contemporânea, eixo central do selo coordenado por Richard Santos e Maria do Carmo Rebouças.