Dois conjuntos de fósseis chamaram atenção recentemente por pertencerem a um pliossauro gigante, um réptil marinho que viveu nos mares do Jurássico. A criatura, que podia alcançar o dobro do tamanho de uma orca, foi identificada após análises de peças esquecidas em acervos de museus locais.
Continua depois da publicidade
Essas descobertas revelam o quanto coleções paleontológicas ainda escondem segredos do passado da Terra. Guardados por décadas em caixas mal rotuladas, os ossos agora ajudam a reconstituir a vida marinha de mais de 145 milhões de anos atrás.
O fóssil que ficou invisível
Durante uma inspeção de rotina no museu da cidade de Abingdon, no Reino Unido, pesquisadores encontraram ossos grandes demais para um dinossauro.
A investigação revelou que se tratava de parte do esqueleto de um pliossauro. O professor David Martill, da Universidade de Portsmouth, foi um dos responsáveis por identificar corretamente o material.
Continua depois da publicidade
O fóssil havia sido descoberto originalmente nas margens do rio Tâmisa, mas permaneceu subestimado por anos, até ser reclassificado com base em características anatômicas específicas.
O tamanho impressiona
Estima-se que esse pliossauro tivesse dimensões semelhantes às de um ônibus urbano, com mandíbulas fortes e dentes afiados ideais para caçar grandes presas marinhas. O animal era um dos predadores mais temidos do seu ecossistema.
Esse nível de gigantismo indica que os mares do período Jurássico abrigavam uma complexidade ecológica maior do que se imaginava, com predadores de topo adaptados para dominar ambientes marinhos costeiros e profundos.
Continua depois da publicidade
Mais do que um esqueleto
Além do exemplar principal, outras três partes fósseis provenientes da mesma região foram identificadas como pertencentes a pliossauros.
Esses ossos, antes armazenados separadamente, agora são analisados como parte de um conjunto representativo de uma possível nova espécie.
O esforço de catalogação e reinterpretação desses achados permitiu a publicação dos dados em uma revista científica, ampliando a visão sobre os répteis marinhos do passado.
Continua depois da publicidade
Museus como fonte de descobertas
A redescoberta reforça a importância de revisitar coleções antigas com tecnologia moderna e novos conhecimentos. Muitas peças já escavadas ainda aguardam classificação adequada.
Esse caso mostra que a ciência pode avançar não apenas nos campos de escavação, mas também nos arquivos e depósitos negligenciados, onde a história do planeta permanece à espera de ser recontada.
Leia também
Pressão arterial: saiba quais os níveis ideais entre os 60 e 70 anos
Veja 13 fotos da maior cobra do mundo que vive em cidade paradisíaca no Brasil
Câncer de Pâncreas: os sinais que seu corpo dá e merecem atenção