Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou autorização ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (11), para a realização de um exame que comprove a existência de uma hérnia inguinal bilateral e, assim, a necessidade de uma cirurgia. A defesa diz que o exame pode ser feito na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde Bolsonaro cumpre pena pela tentativa de golpe de Estado.

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A recomendação para uma nova cirurgia veio da equipe médica de Bolsonaro, na terça-feira (9). Por isso, nesta quinta-feira, Moraes determinou uma perícia médica realizada pela Polícia Federal para saber se há, realmente, a necessidade de intervenção cirúrgica. O ministro questiona a validade dos exames, que teriam sido feitos há mais de três meses.

“Trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco, garantindo, assim, que as imagens e laudos correspondentes sejam disponibilizados imediatamente à Polícia Federal para subsidiar a perícia já determinada por Vossa Excelência”, diz o pedido de exame feito pelos advogados.

Os advogados dizem, ainda, que o pedido é “urgente” e que o exame pode ser feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli.

“Dores e desconforto”

Um relatório médico também foi incluído pelos advogados no pedido para a nova cirurgia, afirmando que Bolsonaro tem “se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços”.

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“O sintoma já levou o peticionante ao hospital por episódios de falta de ar e síncope, revelando risco real de descompensação súbita e hoje, conforme agora informando, exige intervenção cirúrgica”, diz a defesa.

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