A amizade é reconhecida como um dos fatores principais para o bem-estar e a felicidade das pessoas. Contudo, a discussão sobre a quantidade “certa” de amigos se tornou mais presente, especialmente com a mudança nas relações sociais nos últimos anos.

Continua depois da publicidade

Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de amizades próximas tem diminuído. Uma pesquisa recente apontou que 12% dos estadunidenses disseram não ter amigos próximos em 2021, um aumento significativo comparado aos 3% treze anos antes, afetando mais as mulheres.

Embora seja difícil definir um número exato, a pergunta sobre quantos amigos precisamos para ser felizes é tema de estudos. A busca por conexões significativas ganhou ainda mais relevância no período de isolamento social. A ciência oferece algumas perspectivas sobre essa questão.

Clique e participe do canal do Hora no WhatsApp

Continua depois da publicidade

Quantos amigos são ideais?

Determinar a quantidade ideal de amigos próximos é um desafio, pois os estudos são escassos. As pesquisas existentes sugerem uma média entre 3 a 6 amigos próximos como ideal, mas isso pode variar bastante de pessoa para pessoa, dependendo da personalidade.

Alguns especialistas focam na importância de ter pelo menos uma pessoa confiável ao lado. Pode ser um amigo, um familiar ou um confidente. Essa única conexão já é vista como fundamental para o bem-estar e o apoio social.

Continua depois da publicidade

A teoria do “número de Dunbar” propõe que os humanos conseguem manter cerca de 150 conexões sociais no total. Dentre essas, apenas cerca de 5 seriam de amigos próximos, aquelas relações mais profundas e significativas em nosso círculo.

Siga as notícias do Hora no Google Notícias

A qualidade importa mais

Mais do que a quantidade, a qualidade do tempo investido nas amizades é considerada fundamental. Para construir uma conexão mais profunda, são necessárias cerca de 200 horas de convívio, segundo alguns estudos na área da comunicação e relacionamentos.

Ter um bom número de amigos próximos pode trazer benefícios tangíveis. Uma pesquisa de 2016 indicou que pessoas com seis ou mais amigos tendem a apresentar uma saúde melhor ao longo da vida. Outro estudo de 2020 focou em mulheres de meia-idade.

Continua depois da publicidade

Este estudo com mulheres de meia-idade observou que aquelas que possuíam três ou mais amigos demonstravam uma satisfação maior com suas vidas em geral. Esses dados reforçam como as amizades impactam positivamente nosso bem-estar em diferentes fases da vida.

Sinais de que você precisa de mais

Uma sensação frequente ou constante de solidão pode ser um sinal de alerta de que você pode precisar investir mais em suas conexões sociais. A solidão se tornou um problema significativo para muitas pessoas.

Uma pesquisa recente revelou que aproximadamente um terço dos estadunidenses relatou ter sentido sintomas de “solidão severa” durante a pandemia. Reconhecer esses sentimentos é o primeiro passo para buscar novas amizades ou fortalecer as existentes.

Continua depois da publicidade

Desafios e dicas para adultos

Fazer e manter amizades na vida adulta apresenta desafios, sendo a falta de tempo um dos principais obstáculos. A rotina corrida muitas vezes dificulta dedicar o tempo necessário para cultivar novos laços ou nutrir os antigos.

Uma boa estratégia pode ser reatar laços antigos, buscando aquelas conexões que realmente fazem bem e agregam valor à sua vida. Para pessoas mais introspectivas, essa busca pode ser um pouco mais difícil, mas é importante lembrar que os números sugeridos são estimativas e não regras rígidas.

O mais valioso nas amizades, no final das contas, não são os números em si. O foco deve estar na qualidade dos relacionamentos que cultivamos. Investir tempo de qualidade com quem importa é o que realmente contribui para a felicidade e o bem-estar.

Continua depois da publicidade

Leia também

O que sua foto de perfil revela sobre você

Situationship: o que é a nova forma de relacionamento da geração Z