Os eclipses são eventos astronômicos com diferentes significados para as vidas de todos nós. Para alguns, eles estão intimamente ligados a eventos astrológicos, indicando bons ou maus presságios, e indicando o começo de um novo ciclo na vida. Descubra as diferenças entre os eclipses.
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Para outros, a importância deles está no espetáculo visual que eles proporcionam. Mas para vê-los com mais detalhes, é importante ter um telescópio para admirar ainda mais esse espetáculo protagonizados pelo Sol, pela Lua ou uma estrela.
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O que é um eclipse?
Antes de irmos a fundo no nosso assunto, é bom explicar para você, em linhas gerais, o que é um eclipse.
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Bem, esse fenômeno astronômico nada mais é que quando um corpo, pode ser o Sol, a Lua ou uma estrela, deixa de ser visível durante um determinado período de tempo. O astro deixa de ser visível quando um desses astros interpõe-se entre outro astro e uma fonte de luz. Digamos que um corpo celeste fica, literalmente, “na frente” do outro.
Em outras palavras, o eclipse se dá quando há o escurecimento parcial, ou total, de um corpo celeste através da interposição de um segundo astro frente à fonte de luz.
Porém, a percepção da ocorrência desse fenômeno vai depender do posicionamento de quem o está observando. Ou seja, um observador no Brasil poderá ter uma percepção diferente do eclipse que um observador de outro país, ou mesmo entre observadores de diferentes lugares em um mesmo país ou região.
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Outra coisa: os eclipses só acontecem porque o nosso planeta sempre está em movimento, como uma dança! São os movimentos de translação, quando a Terra gira em torno do Sol, e de rotação, quando o nosso planeta gira ao redor de si mesmo.
Arraste para o lado e saiba mais sobre o eclipse
Quais tipos de eclipse existem?
Existem dois tipos de eclipses: o lunar e o solar. Cada um deles possui algumas diferenças, conforme você verá a seguir.
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Eclipses lunares
Você já viu, alguma vez, um eclipse lunar? Eles ocorrem quando a sombra mais interna projetada pela Terra, chamada de umbra, acaba cobrindo a Lua, fazendo com que ela fique escura e “invisível” para todos por alguns minutos.
Quando esse fenômeno acontece, a Terra se posiciona entre a Lua e o Sol, projetando uma sobre, no caso a umbra, sobre o nosso satélite natural. Outro ponto é que existem dois tipos de eclipses lunares: os parciais e os totais.
No eclipse solar parcial, somente uma parte da lua faz a travessia pela região da umbra, com o resto do satélite permanecendo na penumbra, sendo apenas parcialmente iluminado pelo sol. O bacana desse tipo de eclipse é que ele pode ser, facilmente,observado a olho no ou com binóculos, sem apresentar riscos a nossa visão.
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Já no eclipse lunar total, a Lua atravessa o cone de sombra projetada pela Terra, “desaparecendo” por alguns instantes, apesar de que, ao contrário do que se pensa, ela não irá desaparecer por completo. Assim como o eclipse lunar parcial, esse fenômeno pode ser visto tanto a olho nu quanto com binóculos, sem causar prejuízos à vista.
Eclipses solares
Depois do eclipse lunar, o mais famoso e mais visto é o eclipse solar. Esse fenômeno ocorre quando a Lua, nosso satélite natural, fica entre a Terra e o Sol.
E o curioso é que, apesar de ser bem menor que a estrela que ilumina o nosso Sistema Solar, ela consegue ser capaz de encobri-lo sob as nossas vistas. Isso porque ela está mais próxima de nós do que o Sol, por isso, algumas vezes o tamanho aparente dela chega a ser “igual ou maior” do que o do nosso astro rei.
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Durante os eclipses solares há um alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra, exatamente nessa ordem, ocorrendo de três formas: total, parcial e anular.
O eclipse solar total se dá quando a Lua consegue ocultar totalmente o Sol, sendo possível ver apenas uma camada dele, chamada coroa solar. A verdade é que esse tipo de eclipse pode ser visto apenas pelas pessoas na região de sombra, ou umbra, projetada na Terra.
Já o eclipse solar parcial, como o próprio nome diz, ocorre quando apenas uma parte desse astro acaba encoberta. E por último, o eclipse solar anular ocorrerá quando a Lua se interpor ao Sol, estando a uma distância maior da Terra, mas sem encobrir totalmente o disco solar, que acaba por formar um “anel” em volta da sombra projetada pela Lua.
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Cuidados para ver o eclipse solar
Você sabia que um eclipse solar jamais deve ser observado sem a devida proteção para os seus olhos? Ele poderá ser visto com binóculos ou a olho nu apenas em alguns raros momentos, quando o sol estiver completamente encoberto.
Isso porque, embora o brilho emitido pelo Sol seja um pouco menor nesses evento, ainda sim ele é luminoso o suficiente para danificar permanentemente a nossa visão.
Por isso, jamais se esqueça de usar um daqueles óculos de proteção, similares aos utilizados por soldadores profissionais, com filtros de densidade 14, se você quiser assistir a um eclipse solar diretamente. Só assim você garantirá proteção para a sua vista.
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E jamais, em hipótese alguma, utilize óculos escuros para olhar para um eclipse solar, desses que usamos para passar. Eles serão ineficientes para proteger a sua vista dos danos permanentes causados pela luz do Sol.
Quando ocorrem os eclipses?
Graças ao desenvolvimento científico contínuo de áreas como a Matemática e a Astronomia, que foi possível compreender melhor a ocorrência dos eclipses, a partir dos efeitos de sombra e de luz que se originam da movimentação dos corpos celestes no espaço sideral.
Assim, estudos matemáticos avançados permitiram criar um sistema que conseguisse prever quando os eclipses ocorrem, é o sistema de ciclo de Saros. O que esse sistema leva em consideração são os movimentos da Lua e do Sol.
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Tanto que, de acordo com ele, a cada 18 anos ocorre um novo ciclo (período) de eclipses solares e lunares, acontecendo por volta de 42 eclipses de cada tipo, o que totaliza o número de 84 eclipses a cada novo ciclo.
Em média, ocorrem 4 eclipses por ano, sendo dois deles solares e outros dois lunares. Porém, já houve anos em que aconteceram até 7 eclipses, sendo no máximo cinco solares e, no mínimo, 2 lunares, ou o inverso.
Geralmente a frequência de ocorrência dos eclipses solares costuma ser a mesma dos eclipses lunares. Entretanto, a ver um eclipse solar é uma ocasião mais rara, já que se trata de um evento que pode ser visto somente em um trecho restrito de quem está na Terra.
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Já com os eclipses lunares ocorre justamente o oposto. Eles são visíveis por todos que estiverem no mesmo hemisfério onde a Lua possa ser vista, durante a entrada dela na sombra, ou umbra, da Terra.
Por exemplo, o próximo eclipse solar total só poderá ser contemplado pelos brasileiros que estiverem no litoral nordestino somente no dia 12 de agosto de 2045! Mas, por serem eventos tão especiais e intrigantes, vale a pena esperar para vê-los.
Os eclipses durante a história humana
É fato que durante a história da humanidade, os eclipses sempre causaram espanto e nos deixaram intrigados, sendo o motivo para a existência de diferentes mitos, histórias e superstições, sendo percebidos em alguns lugares como sinal de “boa sorte”, ou mesmo de “mau agouro”.
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Mas veja bem, você sabe quando foi registrado o primeiro eclipse solar? Pois bem, foi no dia 30 de outubro de 1207 a.C., segundo pesquisas realizadas pelos pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Porém, você deve estar se perguntando: como eles foram capazes de saber disso?
Acontece que esse eclipse havia sido mencionado no livro de José, na Bíblia. Aí que, esse relatos, mais a reunião de dados históricos, indicam que esse eclipse tenha acontecido durante o reinado de Ramsés II, o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia.
Entretanto, a Bíblia não é o único livro religioso a falar sobre os eclipses. No Alcorão, livro sagrado e que forneceu as bases para o Islamismo, há uma menção a ocorrência de um eclipse solar após o nascimento de seu maior profeta, Maomé, no ano de 569 d.C.
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A diferença é que os muçulmanos não interpretavam esse tipo de fenômeno como um sinal divino. Isso porque o próprio Maomé afirmou, enquanto esteve vivo, que tanto o Sol quanto a Lua jamais seriam capazes de prever coisas como a morte ou o nascimento.
Sabe quem foi a primeira pessoa no mundo a prever matematicamente que um eclipse iria ocorrer? Foi o famoso filósofo, matemático, engenheiro e astrônomo da Grécia Antiga, Tales de Mileto (624 a.C.-548 a.C.).
Para os ingleses no ano 1133 d.C a ocorrência de um eclipse solar total, que durou cerca de 4 minutos e 38 segundos, pareceu ser o anúncio de que dias ruins viriam. Isso porque ele coincidiu com a morte do rei Henrique I, o que acabou gerando uma intensa briga pelo trono que mergulhou aquela região em uma guerra civil.
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Agora, trazendo para um contexto mais próximo do nosso, os nossos indígenas também se espantavam bastante com os eclipses. Tanto que, reza uma lenda tupi-guarani, que há uma onça que persegue os irmãos Sol e Lua. E que o fim do mundo se dará quando esse felino celestial devorar ambos os astros, mergulhando o nosso planeta na mais completa escuridão.
Por isso, quando ocorre um eclipse solar ou lunar, os indígenas costumam gritar ou fazer bastante barulho, com o objetivo de espantar essa “onça celeste” para que a Terra não caia para sempre na escuridão.
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