Um método ancestral de preparar pão está conquistando nutricionistas, chefs e apaixonados por bem-estar. Trata-se do pão de fermentação natural, uma receita que surgiu há mais de quatro mil anos e que hoje reaparece com força graças aos seus benefícios para a digestão, saciedade e regulação da glicose.

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Descubra como essa técnica secular funciona, por que ela faz bem ao organismo e como preparar seu próprio fermento natural em casa.

Descubra os benefícios da fermentação natural

A digestão é uma das grandes estrelas dessa receita milenar. Graças ao processo lento de fermentação, o organismo recebe bactérias benéficas que favorecem a saúde intestinal e tornam os nutrientes mais acessíveis ao corpo. Essa digestibilidade superior é uma das razões pelas quais o pão de fermentação natural costuma ser melhor tolerado, inclusive por pessoas sensíveis ao glúten.

Outro diferencial está no controle glicêmico. O metabolismo dos carboidratos nesse processo ocorre de forma gradual, o que contribui para evitar picos de glicose no sangue e favorece quem busca equilíbrio energético e prevenção de doenças crônicas. Por isso, muitos especialistas indicam o pão artesanal como substituto mais saudável das versões ultraprocessadas.

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Além disso, este pão é naturalmente rico em fibras, vitaminas do complexo B e minerais como ferro, cálcio, potássio, magnésio e zinco. Essa combinação fortalece o sistema imunológico, previne fadiga, auxilia no bom funcionamento muscular e nervoso e contribui para a renovação celular, retardando sinais de envelhecimento.

Descubra os nutrientes que fazem dele um “pão estrela”

Cada fatia carrega um perfil nutricional robusto, com carboidratos de qualidade e fibras prebióticas que alimentam as boas bactérias do intestino. Essa interação favorece saciedade duradoura, o que ajuda no controle do apetite, ideal para quem busca perder peso sem abrir mão do pão no cardápio.

A presença das vitaminas do complexo B oferece energia constante e ajuda a combater o cansaço, apoiando o metabolismo e a função cerebral. Já os antioxidantes presentes no fermento natural e nos grãos atuam diretamente na proteção das células contra os danos do tempo e do estresse oxidativo.

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O conjunto de minerais também merece destaque: o potássio regula os batimentos cardíacos e a função muscular; o ferro combate a anemia e transporta oxigênio; o cálcio fortalece ossos e dentes; o magnésio participa da formação de proteínas; e o zinco estimula a cicatrização e reforça as defesas do corpo. É um alimento completo que une sabor e longevidade.

Descubra como fazer seu próprio fermento natural

Preparar o fermento natural é um ritual culinário que envolve paciência e cuidado. Começa com a mistura simples de farinha integral e água em um frasco limpo. Essa combinação deve descansar coberta com um pano, longe de corrente de ar, para que as leveduras presentes no ambiente e no grão iniciem o processo de fermentação.

Nos dias seguintes, a mistura é “alimentada” com mais farinha e água, além de pequena quantidade de açúcar para acelerar a atividade microbiana. Aos poucos, bolhas começam a surgir, o aroma muda e a textura ganha leveza, sinais de que o fermento está vivo e pronto para ser usado. Quando a massa apresenta espuma e volume, o cultivo está concluído.

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A partir daí, basta reservar uma porção para a próxima fornada e manter o restante bem armazenado, em temperatura ambiente se o uso for frequente, ou na geladeira para pausas mais longas. O resultado é um fermento exclusivo, caseiro e cheio de personalidade, capaz de transformar qualquer pão simples em uma experiência artesanal.

O renascimento do pão de fermentação natural vai além de uma tendência gastronômica. É um retorno às raízes da alimentação, uma celebração da ciência por trás dos microrganismos e uma oportunidade de redescobrir o ato de cozinhar como cuidado, com o corpo, com o tempo e com aquilo que levamos à mesa.

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